metropoles -22/04/2025 08:20
Com a morte do papa Francisco nesta segunda-feira (21/4), a Igreja Católica se prepara para o conclave que decide o sucessor do líder religioso. O esperado é que a reunião com os cardeais eleitores de todo o mundo seja iniciada de 15 a 20 dias após a morte do pontífice, o que significa que a votação pode ocorrer entre os dias 6 e 11 de maio.
Com o pontificado vago, a igreja precisa organizar a
cerimônia, feita por meio de voto secreto depositado em uma urna, que definirá
o novo papa. O conclave ocorre dentro da Capela Sistina, no Vaticano, e reúne
até 135 cardeais com menos de 80 anos e com poder de voto no Colégio de
Cardeais para que escolham o sucessor do pontífice.
Como funciona o conclave
Para se tornar o novo papa, é necessário que o cardeal
obtenha 2/3 dos votos. Atualmente, são 135 cardeais aptos a votarem (são
aqueles com menos de 80 anos).
Os integrantes do Colégio de Cardeais ficam em isolamento e
sem acesso ao mundo exterior. Eles votam entre si, mas não podem indicar seus
próprios nomes para o cargo.
No primeiro dia da votação, os cardeais eleitores devem
indicar seus candidatos em uma cédula de papel. Um novo ciclo de votações é
iniciado a partir do segundo dia caso não seja definido nenhum papa.
Se novamente não houver um eleito durante os três dias
seguintes, em que podem ser feitas mais quatro eleições, as votações são
pausadas por um dia para a realização de orações.
Após uma breve interrupção, o processo de votação é
retomado, e mais sete rodadas de votação são realizadas. O processo pode ser
pausado novamente até três vezes, caso não seja alcançado um consenso sobre o
nome. Se houver desacordo, os dois nomes mais votados serão submetidos a uma
votação final para determinar o escolhido.
Os votos são queimados e depositados em uma chaminé da
Capela Sistina, indicando ao mundo o resultado do pleito. A fumaça preta indica
que o colegiado não chegou a um consenso sobre o sucessor do líder da igreja. A
fumaça branca anuncia que um novo papa foi eleito na Igreja Católica.