noticias ao minuto -25/04/2025 12:43
A Mesa Diretora da Câmara dos Deputados declarou nesta
quinta-feira (24) a perda do mandato do deputado federal Chiquinho Brazão (Sem
partido-RJ), um dos réus acusados de atuar como mandante do assassinato da
vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em 2018.
A decisão foi publicada no Diário Oficial da Câmara e
justificada com base no artigo da Constituição que determina a perda do mandato
do parlamentar que "deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, à
terça parte das sessões ordinárias da Casa".
Em função das investigações, Brazão foi preso em março do
ano passado e deixou a cadeia no início deste mês após o ministro Alexandre de
Moraes, relator do caso,
conceder prisão domiciliar ao deputado. Na decisão,
Moraes concordou com o relatório médico apresentado pelo presídio de Campo
Grande. Segundo os médicos, Brazão possui "delicada condição de
saúde" e tem "alta possibilidade de sofrer mal súbito com risco
elevado de morte”.
Além de Chiquinho Brazão, o irmão dele, o conselheiro do Tribunal
de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ) Domingos Brazão, e o ex-chefe da Polícia
Civil do Rio de Janeiro, Rivaldo Barbosa, são réus no caso Marielle Franco.
Eles estão presos em presídios federais.
De acordo com a investigação da Polícia Federal, o assassinato
de Marielle está relacionado ao posicionamento contrário da parlamentar aos
interesses do grupo político liderado pelos irmãos Brazão, que têm ligação com
questões fundiárias em áreas controladas por milícias no Rio.
Defesa
Procurado pela Agência Brasil, Cleber Lopes, advogado de
Chiquinho Brazão, disse que não vai se pronunciar sobre a decisão da Câmara.