moises eustaquio -20/02/2020 18:17
Vence neste fim de mês o prazo do
segundo afastamento do prefeito Roni Ferrareze concedido pela Câmara de
Vereadores. O período de 40 dias corre sem remuneração, conforme prevê a lei.
Ele havia sido cassado em fevereiro
de 2018 e conseguiu na Justiça o direito de voltar ao cargo, em dezembro de
2019. Entretanto, uma semana depois de reassumir o executivo optou em se
afastar alegando que o sucessor não fechara as contas de 2019.
Assim, o vice-prefeito Lúcio de Lima
continua no comando do Executivo há quase dois anos, desde a cassação do
titular, que pode reassumir o cargo a qualquer momento, apenas comunicando o
presidente do Legislativo, vereador Carlos Alexandre Pereira.
De um lado, comentários dão conta de
que Roni não teria mais interesse em retornar ao governo, em virtude de
compromissos pessoais; de outro aliados e lideranças políticas dão como certa
sua volta.
São duas as saídas para Roni:
renunciar, já que a Câmara avalia não mais lhe conceder afastamento; ou provar
que o sucessor não fechou as 2019 e tentar convencer os vereadores a nova
licença.
CASSADO
Roni havia sido cassado
administrativamente pela Câmara dos Vereadores e reassumiu o cargo no dia 3 de
dezembro de 2019, depois que o Tribunal de Justiça de São Paulo anulou, por
três votos a zero, a sessão que o havia cassado.
O motivo da cassação foi denúncia do
ex-secretário de Indústria e Comércio, e também de Administração, Edson Jardim
Rosa, o Edinho, de que havia sido convidado a fazer parte de um “esquema” para
supostamente fraudar licitações.
No ofício do primeiro pedido de
afastamento Roni justificou que a troca de gestão acarretaria em diversos
contratempos à administração e prejuízos à população.
Por este motivo ele sugeriu que o
atual gestor, no caso Lúcio de Lima (PMDB), que era seu vice, ficasse no
mandato à frente do executivo até o encerramento do exercício. No entanto,
entrou com novo pedido de afastamento.
NOMEAÇÃO
Mas seu retorno relâmpago à
prefeitura foi suficiente para Roni nomear seu ex-chefe de gabinete Thiago para
o comando do DAEV – Departamento de Águas e Esgoto de Valparaíso, que funciona
na Av. Manoel Parada de Carvalho, nº 667. Aparentemente, foi o único assessor
que se manteve fiel ao lado do então prefeito cassado.