Ilha Solteira confirma o primeiro caso de varíola dos macacos

g1/rio preto -17/08/2022 16:15

São José do Rio Preto (SP) também registrou o 8º caso da doença nesta quarta-feira (17).


Novos casos de varíola dos macacos foram confirmados em cidades do noroeste paulista, nesta quarta-feira (17). Segundo a Prefeitura de Ilha Solteira (SP), o município registrou o primeiro caso da doença.

O paciente é um homem de 33 anos que viajou a São José do Rio Preto (SP) e teve contato com outra pessoa que testou positivo para a doença. Ele está bem e em isolamento domiciliar.

O outro caso confirmado foi em Rio Preto. Trata-se de um jovem de 18 anos que apresentou sintomas no dia 27 de julho e confirmação para a doença no dia 15 de agosto.

Com a confirmação, o município contabiliza oito casos da nova varíola, sendo que um paciente se recuperou.

O vírus da Monkeypox faz parte da mesma família da varíola, e o atual surto não tem a participação de macacos na transmissão para seres humanos. A transmissão ocorre entre pessoas, principalmente por meio do contato íntimo.

Ataque a macacos

Ataques a macacos foram registrados na região de São José do Rio Preto, depois que casos da doença foram confirmados.

Pelo menos dez animais das espécies sagui e prego foram resgatados com sinais de intoxicação ou agressão. Sete deles morreram. Os demais estão sendo monitorados pelo Zoológico de Rio Preto.

Nesta quarta-feira (17), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, esteve em Tatuí (SP) e comentou sobre os ataques aos animais no noroeste paulista (veja o vídeo acima).

"Também não é para sair matando os macacos. Em São José do Rio Preto mataram macacos. O macaco é tão afetado pela doença quanto nós", disse.

A Polícia Militar Ambiental acredita que os casos de intoxicação foram motivados por medo da nova varíola, que é transmitida entre humanos. Para evitar novos casos, a corporação reforçou o patrulhamento nas matas. Um inquérito foi aberto pela Polícia Civil.

Como se prevenir

Evitar contato íntimo ou sexual com pessoas que tenham lesões na pele;

Evitar beijar, abraçar ou fazer sexo com alguém com a doença;

Higienização das mãos com água e sabão e uso de álcool gel;

Não compartilhar roupas de cama, toalhas, talheres, copos, objetos pessoais ou brinquedos sexuais;

Uso de máscaras, protegendo contra gotículas e saliva, entre casos confirmados e contactantes.

Principais sintomas

Aparecimento de lesões parecidas com espinhas ou bolhas que podem surgir no rosto, dentro da boca ou em outras partes do corpo, como mãos, pés, peito, genitais ou ânus;

Caroço no pescoço, axila e virilhas;

Febre;

Dor de cabeça;

Calafrios;

Cansaço;

Dores musculares.

Como ocorre a transmissão

Por contato com o vírus: com um animal, pessoa ou materiais infectados, incluindo através de mordidas e arranhões de animais, manuseio de caça selvagem ou pelo uso de produtos feitos de animais infectados. Ainda não se sabe qual animal mantém o vírus na natureza, embora os roedores africanos sejam suspeitos de desempenhar um papel na transmissão da varíola às pessoas;

De pessoa para pessoa: pelo contato direto com fluidos corporais como sangue e pus, secreções respiratórias ou feridas de uma pessoa infectada, durante o contato íntimo – inclusive durante o sexo – e ao beijar, abraçar ou tocar partes do corpo com feridas causadas pela doença. Ainda não se sabe se a varíola do macaco pode se espalhar através do sêmen ou fluidos vaginais;

Por materiais contaminados que tocaram fluidos corporais ou feridas, como roupas ou lençóis;

Da mãe para o feto através da placenta;

Da mãe para o bebê durante ou após o parto, pelo contato pele a pele;

Úlceras, lesões ou feridas na boca também podem ser infecciosas, o que significa que o vírus pode se espalhar pela saliva.