Manifestação em São Paulo termina em confronto e depredação

r7 -07/06/2020 23:39

O protesto de opositores ao governo Jair Bolsonaro terminou em confronto e depredação por parte de manifestantes nas ruas de Pinheiros, na zona oeste de São Paulo, por volta das 19h deste domingo (7), após uma tarde de manifestação pacífica. A Polícia Militar usou bombas de efeito moral e tiros de balas de borracha para dispersar manifestantes que tentaram vandalizar os momentos finais do ato.


Em outras capitais, manifestações contrárias e favoráveis ao governo Jair Bolsonaro e em defesa de vidas negras tomaram as ruas de forma pacífica. Houve protestos sem confrontos em Brasília, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre. Em Belém, ainda que não tenha havido confronto, dezenas de manifestantes foram detidos por sob a justificativa de provocar aglomeração - e houve protesto na porta da delegacia.

São Paulo

Na capital paulista, grupos contrários ao governo se reuniram no largo da Batata, em Pinheiros, na zona oeste da cidade, após uma determinação judicial que proibiu que manifestações opostas fossem realizadas no mesmo local e na mesma data. O fim da manifestação terminou com saldo de duas agências bancárias depredadas, lixeiras incendiadas e barricadas que tentavam impedir as vias. A PM monitorou as atividades com 4 mil policiais.


O ato da oposição fechou um trecho da avenida Brigadeiro Faria Lima no sentido Avenida Rebouças, próximo ao metrô. Manifestantes ocuparam parte da Praça que vai até o quarteirão da Igreja Paróquia Nossa Senhora de Monte Serrante. A maioria dos manifestantes estava de máscara, mas ninguém respeitou o distanciamento de dois metros. Um carro de som foi compartilhado entre os líderes do ato - torcedores, líderes estudantis da UNE e ativistas do Conlutas (ligado ao Psol).

Por volta das 16h, o grupo se dividiu e parte dos manifestantes seguiu pela Rua dos Pinheiros. Durante a caminhada, houve tumulto e um grupo depredou agências bancárias. Já perto das 19h, a PM fazia uma barreira de contensão na Rua dos Pinheiros, na altura da Rua Mateus Grou, próximo à estação de Metrô Fradique Coutinho, para impedir que os manifestantes seguissem para a Avenida Paulista, onde os apoiadores do governo Bolsonaro estavam. Foi quando a

O grupo a favor de Bolsonaro se reuniu na esquina da Avenida Paulista com a Rua Pamplona, próximo ao prédio da Fiesp. Manifestantes carregavam faixas que pediam "intervenção militar" e com críticas ao governador de São Paulo, João Doria (PSDB).

Com bandeiras do Brasil e do Estado de São Paulo, os manifestantes ficaram a maior parte do tempo sobre a calçada, na esquina, sem número suficiente para ocupar as faixas de trânsito. O grupo se dispersou por volta das 18h.

Além de pedir "intervenção militar com militar no poder", alguns manifestantes favoráveis ao presidente defendiam interesses de suas categorias profissionais. Duas pessoas carregavam uma faixa que pedia a reabertura de barbearias na cidade. Não houve registro de ocorrências policiais.