Mulher morre com suspeita de dengue hemorrágica em Ilha Solteira

ilha de noticias -11/02/2020 13:31

Uma mulher de 66 anos, que morava na zona sul de Ilha Solteira, morreu nesta segunda-feira (11) em Ilha Solteira, com suspeita de dengue hemorrágica. Material foi coletado e enviado para análise.

Segundo informou o Hospital Regional de Ilha Solteira, a mulher passou pelo pronto-socorro na noite de domingo (9). Ela foi atendida e liberada. Na manhã desta segunda-feira (10) ela voltou ao hospital e foi internada na UTI (na verdade, ume espaço de leitos intermediários, melhores que os quartos, mas sem os cuidados existentes em uma UTI. E onde são levados os pacientes para estabilização ou até que surjam vagas em UTIs de hospitais da região).

O Hospital informou que a mulher seria transferida para uma outra unidade. Mas ela faleceu na tarde desta segunda, antes que o isso acontecesse.

A Vigilância Sanitária informou que, por enquanto, o caso é tratado como “óbito em investigação”. A dengue hemorrágica na paciente só será confirmada ou não após a divulgação do exame.

Vale ressaltar que o Hospital tenta o credenciamento do espaço para que ele possa, de fato, funcionar como uma UTI.

Dengue hemorrágica - A dengue hemorrágica acontece quando a pessoa infectada com o vírus da dengue sofre alterações na coagulação sanguínea. Se a doença não for tratada com rapidez, pode levar à morte.

Os sintomas iniciais são parecidos com os da dengue clássica, e após o terceiro ou quarto dia surgem hemorragias causadas pelo sangramento de pequenos vasos da pele e outros órgãos. Na dengue hemorrágica, ocorre uma queda na pressão arterial do paciente, podendo gerar tonturas e quedas


Casos – Já são três os casos confirmados de dengue este ano e dezenove notificações. E, sem os cuidados necessários, a cidade pode enfrentar uma epidemia da doença.

Isso porque Avaliação de Densidade Larvária (ADL) realizada pela Vigilância Sanitária no início de janeiro teve um resultado preocupante, que coloca o Município em risco de epidemia de dengue. A ADL, de 4,49, é quase seis vezes maior do que a última realizada em outubro, que foi de 0,83.

Na prática, a ADL é o resultado de larvas encontradas nas residências visitadas pelos agentes da Vigilância Sanitária, seguindo metodologia da SUCEN (Superintendência de Controle de Endemias). Ela também possibilita saber onde há maior predominância de larvas e o tipo de criadouro (recipiente que possa acumular água), mais comum em cada região. “O que preocupa é que larvas foram encontradas em todas as regiões de Ilha Solteira. E em número muito acima do que o registrado nos últimos anos. Por isso, se a população não colaborar e eliminar os criadouros, corremos o risco de termos uma epidemia este ano”, disse Frank Willians Francieira de Sousa, Chefe de Controle de Endemias.

Na ADL, foram visitados 601 imóveis, distribuídos em 122 quadras, de todas as regiões de Ilha Solteira. E o resultado dessa avaliação, chamado de Índice de Breteau (IB), foi de 4,49, o mais alto dos últimos anos. De todos os imóveis visitados, em 27 foram encontradas larvas do Aedes Aegypti, que transmite, além de dengue, o zika vírus e a febre chikungunya. No total, foram 31 registros (em alguns imóveis, mais de um). “Encontramos larvas, principalmente, em baldes, tambores, pratinhos de planta, tanque, entre outros”, explica Sousa.


Como evitar a proliferação do mosquito transmissor da dengue, do zika vírus e da chikungunya


Apesar de serem doenças diferentes, a forma de prevenção da dengue, zika vírus e a chikungunya é a mesma: evitar a proliferação do mosquito, ou seja, erradicar locais de acúmulo de água parada.

A melhor maneira de evitar essas doenças é eliminando os criadouros do aedes aegypti, como latas, embalagens, copos plásticos, tampinhas de refrigerantes, pneus velhos, garrafas PET e de vidro vazias, que acumulam água parada, o que é ideal para a procriação do mosquito transmissor da dengue. Se precisar guardar alguns desses materiais, coloque-os em locais cobertos e secos. Garrafas devem ser armazenadas com a boca para baixo.


Também não deixe a água se acumular em vasinhos de plantas e jarros de flores. A dica é colocar areia no prato do vaso.
Caixas d’água, tambores, latões e cisternas devem ficar bem fechados, sem nenhuma fresta, para impedir a entrada do mosquito.
Feche bem os sacos plásticos e mantenha a lixeira bem tampada e seca.