Perigo: 2.253 pessoas visitaram Sud Mennucci no último feriado prolongado

portal de noticias -28/05/2020 15:36

Na tarde de terça-feira (26), o prefeito Julião e seu vice convidaram toda a população do Município de Interesse Turístico de Sud Mennucci a acompanhar a transmissão de uma “live” pelo facebook. Realizada no dia seguinte e em caráter de urgência, prefeito e vice aproveitaram o momento para conversar seriamente com seus cidadãos a respeito das medidas de combate à Covid-19.

A população respondeu prontamente ao convite, e em alguns momentos da transmissão, que ocorreu na manhã desta quarta-feira (27), mais de 700 pessoas estiveram conectadas assistindo.

O prefeito Julião, de forma firme, conversou com a população e chamou a atenção para os altos números de pessoas que entraram na cidade no feriado prolongado da semana passada.

“A população não tem se mostrado preocupada com os fatos que tem acontecido no mundo. Nós temos criado ações, feito apelos e tomado medidas para proteger os nossos cidadãos, mas, muitos não estão colaborando”, disse Julião em tom de preocupação.

De acordo com o levantamento feito pela equipe de Governo sobre a quantidade de carros e pessoas que entraram na cidade durante todo o feriado prolongado, os números são assustadores.

Somente no sábado (23), 897 pessoas passaram pela barreira sanitária. No domingo (24), outras 618 pessoas entraram no município e na segunda-feira (25), feriado no Estado de São Paulo, entraram na cidade mais 738 pessoas. Ao todo, o final de semana prolongado levou até Sud Mennucci, 2.253 pessoas.

Proporcionalmente ao número de habitantes, Sud Mennucci tem mais casos do que cidades vizinhas maiores, como por exemplo, Pereira Barreto e Ilha Solteira. De acordo com informações disponíveis no site do IBGE, Sud Mennucci tem a incidência de casos por 100 mil habitantes de 51,8, ultrapassando Ilha Solteira com 41,2 de incidência de casos e Pereira Barreto com 27,3.

A preocupação externada pelo prefeito e vice durante a live tem fundamento, uma vez que segundo pesquisas realizadas pelo Governo do Estado de São Paulo, o interior será o próximo epicentro da doença.

“Estamos todos preocupados. Não há leitos de UTI disponíveis para atender a todos, e, em caso de números elevados de contaminados, precisaremos decidir entre quem vive e quem morre”, lamentou o prefeito.