brasil61 -03/02/2022 19:36
A taxa de incidência de dengue na região de Andradina está
em 3.413,65 mil. É uma das mais altas do País. O ministério da Saúde considera
crítica regiões que têm resultados acima de 500. A população dos 11 municípios
que compõem a microrregião é estimada em 195 mil pessoas, entre elas, houve
6.653 adoecimentos por dengue em 2021. Entre os municípios, ainda houve
confirmações de 12 casos de zika e três de chikungunya.
O município de Sud Mennucci é o que apresenta estado mais
crítico. Em 2021, registrou mais de 800 casos entre a população que tem cerca
de 8 mil pessoas. Atrás dele, está Nova Independência que registrou 351 casos
entre sua população de apenas 4 mil habitantes.
“A circulação do vírus entre as regiões é rápida e não
respeita limites geográficos, alerta o coordenador-geral de Arboviroses do
Ministério da Saúde, Cássio Peterka. O mosquito pica alguém contaminado e
rapidamente espalha os vírus entre as pessoas que estão próximas.
Tereza Cristina de Souza (60), moradora de Ribeirão Preto
(SP), acredita que se contaminou três vezes por dengue e uma por zika porque os
moradores próximos seguem sem cuidados com a limpeza do ambiente. “Depois que
adoeci pela primeira vez, recebi a visita de agentes ambientais que me
orientaram sobre locais que eu nem imaginava que poderiam ser criadouros”, diz.
Entre esses locais, estavam o compartimento atrás da geladeira e um cano que
servia como suporte para o Varal.
Situação do País
O Brasil registrou queda 42,6% no número de casos prováveis
de dengue entre 2020 e 2021. No ano passado, foram notificadas 543.647
infecções, contra 947.192 em 2020. Os dados são da Secretaria de Vigilância em
Saúde do Ministério da Saúde.
Entre os casos de zika, houve uma pequena redução de 15%, passando de 7.235
notificações em 2020 para 6.143 em 2021. Já a chikungunya registrou aumento de
32,66% dos casos, com 72.584 em 2020 e 96.288 no ano passado.
O sanitarista da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) de
Brasília, Claudio Maierovitch, destaca que 2020 foi um ano de muitos casos e,
por isso, não se deve relaxar com a queda de contágios em 2021. “Mesmo não
tendo havido aumento de um ano para o outro, essa não é boa comparação, uma vez
que o ano anterior foi de números altos”, alerta.
Cuidados necessários
Devido às altas temperaturas e às chuvas abundantes, o verão é o período do ano em que os ovos eclodem e acarretam o aumento de infecção por dengue, chikungunya e zika. Por isso, fique atento às dicas para evitar a proliferação do mosquito:
Para o combate é necessário unir esforços com a sociedade
para eliminar a possibilidade de locais que possam acumular água. Os ovos da
fêmea do Aedes aegypti podem ficar incubados durante um ano e eclodir em apenas
cinco dias quando entram em contato com a água. "É preciso manter os
cuidados durante todo o ano por 365 dias”, reforça o coordenador-geral de
Vigilância de Arboviroses do Ministério da Saúde, Cássio Peterka.
Não deixe água parada. Combata o mosquito todo dia. Coloque
na sua rotina.