r7 -07/07/2020 14:16
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta
laranja, de perigo, devido ao risco de tempestades ao longo do dia de
hoje (7) na região sul do país. Segundo os meteorologistas, ventos intensos
podem atingir algumas regiões catarinenses, variando entre 60 e 100 quilômetros
por hora, aumentando a chance de queda de árvores, novos cortes no fornecimento
de energia elétrica, estragos em plantações e alagamentos.
No estado, o alerta vale principalmente para o oeste
catarinense, Vale do Itajaí, grande Florianópolis. No entanto, segundo os
meteorologistas do Inmet, a população do Rio Grande do Sul também deve estar
atenta, pois o estado deverá ser atingido por forte chuva e ventos.
Um ciclone menos intenso que o da semana passada deve voltar
a se formar entre hoje e quarta-feira (8), quando avançará em direção ao mar,
não sem antes provocar chuva volumosa sobre o noroeste e o litoral norte
gaúcho, a grande Porto Alegre, e sobre as regiões oeste, planalto sul, serra e
litoral sul de Santa Catarina - principalmente entre a tarde desta terça-feira
e a madrugada de quarta.
Em boletim divulgado ontem (6), a Defesa Civil de Santa
Catarina alertou a população para os riscos de chuva forte e de descargas
elétricas, com possibilidade de ocorrência de ventos fortes, até pelo menos a
manhã de quarta-feira. De acordo com o órgão, são esperados volumes
“significativos” de chuva, o que aumenta os riscos de deslizamento, alagamentos
e enxurradas. A Celesc, Centrais Elétricas de Santa Catarina, classificou os
danos causados pelo ciclone da semana passada, como os maiores da história do
estado. Na tarde de ontem, pouco mais de 1% das unidades atendidas pela empresa
ainda estavam sem luz. O fenômeno da semana passada causou danos em 135
municípios catarinenses e provocou pelo menos 12 mortes.
Na sexta-feira (4), o chefe da Defesa Civil de Santa
Catarina, João Batista Cordeiro Júnior, informou que os danos materiais
causados pelo ciclone extratropical da semana passada começariam a ser
calculados esta semana, pois, até então, a prioridade dos governos estadual e
federal era prestar ajudar assistencial à população diretamente afetada,
distribuindo lonas, telhas, roupas e alimentos às pessoas atingidas. Foram
registrados estragos em pelo menos 185 cidades catarinenses, o que levou o
governo estadual a decretar estado de calamidade pública e pedir ajuda ao
governo federal.