r7 -03/08/2021 00:27
O atletismo brasileiro está mais uma vez no pódio olímpico.
Alison dos Santos conquistou nesta terça-feira (3), em Tóquio 2020, a
medalha de bronze nos 400 metros com barreira, com o tempo de 46s72. O
norueguês Karsten Warholm cravou o novo recorde mundial (45s94), seguido pelo
norte-americano Rai Benjamin (46s17).
Desde Seul 1988, com Joaquim Cruz (prata nos 800 metros) e
Robson Caetano (bronze nos 200 metros), o atletismo brasileiro não conquistava
uma medalha em provas individuais de pistas. Nesse meio tempo, é verdade,
representantes do revezamento, da maratona e dos saltos também fizeram bonito.
Mas a medalha de Alison representa mais do que a 17ª
conquista da modalidade. É também a volta do respeito ao uniforme verde-amarelo nas pistas de atletismo.
O brasileiro desembarcou na capital japonesa como o terceiro colocado do
ranking mundial e não se intimidou com os adversários.
Pelo contrário, o menino de São Joaquim da Barra, no
interior de São Paulo, já se escondeu demais e hoje mostra o seu rosto para o
mundo. Por conta de queimaduras no corpo, que o reservaram momentos de muita
timidez na adolescência, ele demorou a ingressar no esporte e, quando enfim
decidiu pela carreira, chegou a correr de boné.
Ao se classificar para a final, Piu, como também é
conhecido, havia previsto que a disputa pela medalha seria muito dura. Dos oito
classificados, sete estavam entre os oito melhores do ranking e três já havia
corrido a prova esse ano abaixo dos 47s (Warholm, Benjamin e Samba), ele mesmo
havia feito 47s31, o segundo melhor tempo geral, apenas 0s01 atrás do
norueguês.