uol -30/07/2022 23:23
A seleção brasileira é octacampeã da Copa América feminina.
O Brasil venceu a Colômbia por 1 a 0, hoje, no stádio Alfonso Lopéz, em
Bucaramanga (COL) e levantou o trofeu de forma invicta e sem sofrer gols. De
pênalti, a atacante Debinha — artilheira da Era Pia Sundhade — foi a autora do
único gol verde-amarelo na partida, marcado aos 39 minutos do primeiro tempo.
Com o triunfo, o Brasil chega a oito títulos em nove edições
da competição. Além disso, as comandadas de Pia Sundhade chegaram ao lugar mais
alto do pódio com 100% de aproveitamento (seis vitórias em seis jogos) e sem
sofrer gols no decorrer do torneio. A Colômbia, por outro lado, amarga o
terceiro vice-campeonato (2010, 2014 e 2022) e mesmo com o apoio maciço de sua
torcida segue sem nunca ter conquistado a Copa América. Além do título, a
seleção brasileira assegurou - ao se classificar para a final - vagas na Copa
do Mundo de 2023 e nos Jogos Olímpicos de Paris, em 2024.
Debinha resolve
A seleção brasileira iniciou o jogo agressiva, ocupando o
campo de ataque e explorando principalmente as laterais do campo. O time de Pia
Sundhage, porém, sofreu uma baixa logo aos sete minutos de jogo. Angelina
sentiu o joelho após uma disputa de bola e, chorando, acabou substituída por
Duda Francelino. O Brasil sentiu a troca, e viu a seleção colombiana crescer.
Empurrada por sua torcida, as donas da casa buscaram jogadas
em velocidade, especialmente pelo lado esquerdo e levaram perigo também nas
bolas paradas. Aos poucos, a seleção brasileira retomou o controle do jogo, mas
acumulou erros de passe e em tomadas de decisão na parte final do campo.
A principal chance verde-amarela veio em chute de fora da
área de Adriana. Debinha, porém, resolveu para o Brasil. A camisa 9 invadiu a
área e foi derrubada por Vanegas no centro da grande área. A arbitragem marcou
pênalti e a própria atacante foi para a cobrança. Bola de um lado, goleira do
outro e 1 a 0 para a seleção brasileira.
Jogo aberto
A seleção brasileira voltou melhor para o segundo tempo.
Ditando o ritmo de jogo desde os primeiros minutos, o Brasil teve pelo menos
duas ótimas chances de ampliar o marcador: em cobrança de falta de Bia
Zaneratto e em finalização de Debinha dentro da área, esta defendida pela
goleira Pérez.
No decorrer da etapa, porém, a seleção de Pia Sundhage
voltou a errar passes escolhas na última faixa do campo, desperdiançando
potenciais contra-ataques e jogadas em velocidade pelas laterais. As
brasileiras também passaram a ter mais dificuldade para trocar passes e ditar o
ritmo da decisão.
As colombianas, por sua vez, seguiram a mesma estratégia do
primeiro tempo e saíram em velocidade nas costas da defesa verde-amarela.
Encontrando espaços, especialmente na segunda parte da parcial, as donas da
casa testaram a zaga e assustaram os torcedores brasileiros. Apesar do volume,
a goleira Lorena fez uma intervenção imporante no segundo tempo, aos 44
minutos, em chute de Usme na meia-lua.