r7 -23/03/2023 23:05
Os CDCs (Centros de Controle e Prevenção de Doenças) dos
Estados Unidos informaram nesta semana que subiu de uma para três o número de
mortes associadas ao uso de colírio contaminado por uma bactéria "amplamente
resistente a medicamentos". Oito pessoas ficaram cegas e outras quatro
passaram por remoção cirúrgica do globo ocular.
Segundo o comunicado, os pacientes foram infectados pela
cepa VIM-GES-CRPA da bactéria Pseudomonas aeruginosa, que nunca havia sido
detectada nos país antes do surto atual.
Até 14 de março, os CDCs haviam identificado 68 pacientes
infectados pelo patógeno, em 16 estados.
"Os pacientes relataram mais de dez marcas de lágrimas
artificiais, e alguns pacientes usaram várias marcas. A lágrima artificial
EzriCare, um produto de venda livre sem conservantes, embalado em frascos
multidose, foi a marca mais comumente relatada", diz a agência sanitária.
Testes laboratoriais em frascos de vários lotes do EzriCare
apresentaram resultado positivo para a cepa VIM-GES-CRPA.
"O teste de frascos fechados de lágrima artificial
EzriCare está em andamento para ajudar a avaliar se a contaminação pode ter
ocorrido durante a fabricação", complementa a nota.
Após os primeiros relatos, a Global Pharma Healthcare
iniciou, em fevereiro, o recolhimento voluntário de todos os lotes dos colírios
lubrificantes distribuídos pela EzriCare e também pela Delsam Pharma.
"O uso de lágrimas artificiais contaminadas pode
resultar no risco de infecções oculares que podem resultar em cegueira",
alertou a FDA (agência americana de saúde), ao também recomendar que quem tiver
esses produtos em casa não os utilize mais.
No Brasil, os colírios dessas marcas não são vendidos.