hoje mais e redação -23/08/2020 18:37
Faleceu neste domingo (23) em decorrência de Covid 19,
Heloysa Prado, a mãe do maior nadador andradinense Ricardo Prado. Ela é
reconhecida pelos grandes atos de amor e participação na comunidade
andradinense sempre praticando o bem comum.
Viúva do advogado Ruy do Amaral Prado, deixou os filhos
Denise, Rosamaria e Ricardo Prado e netos. Seu nome ficará perpetuado numa escola
municipal no bairro São João, em Andradina.
“Hoje o dia está muito triste...perdi para o Covid uma
grande amiga, mãe de amigos de sempre, minha vizinha na infância, sempre tão
atenciosa e carinhosa comigo, com o Felipe e toda minha família. Sinto tanto
não ter tido a oportunidade de estar com ela pessoalmente, meu coração está
partido, mas creio que ela está junto dos seus que antes partiram”, manifestou
a amiga Lu Costa em sua rede social.
NADADORES
Helô Prado acompanhou de perto as carreiras dos filhos
nadadores Rosamaria Prado e Ricardo Prado. Rosamaria, que atuou em
seleções paulista e brasileira e suas principais conquistas foi ser bicampeã da
Copa Latina em Las Canárias (Espanha, 1975) e Acapulco (México, 1976); Campeã
individual no torneio internacional pré-olímpico em Winnipeg (Canadá,1976),
melhorando dois recordes sul-americanos, 100 e 200m costas; recordista
sul-americana absoluta nos 100m costas 1’09’14 e 200m costas 2’27’’2 e,
consequentemente, também campeã brasileira e campeã paulista e recordista das
referidas marcas; Vice Campeã Mundial Estudantil, 1974, em Wiesbaden.
Ricardo Prado começou a nadar aos cinco anos de idade, por
influência dos irmãos mais velhos. Aos 6 anos disputou o primeiro campeonato
brasileiro infantil. Foi campeão brasileiro pela primeira vez aos sete anos de
idade, nos 50 metros nado borboleta. Foi atleta do Clube de Regatas
do Flamengo.
Com apenas 14 anos, participou dos Jogos Pan-americanos
de 1979, em San Juan, onde terminou em sétimo lugar nos 400m medley, e
oitavo nos 200m medley. Aos 15 anos, Prado participou dos Jogos
Olímpicos de Verão de 1980, em Moscou. Ele nadou os 400m medley e os 100m
costas, não alcançando a final das provas.
Em 8 de agosto de 1982, aos 17 anos de idade,
no Campeonato Mundial de Esportes Aquáticos de
1982 em Guayaquil, Prado ganhou uma medalha de ouro nos 400m medley,
com um tempo de 4m19s78, estabelecendo um novo recorde mundial, que
duraria até 23 de maio de 1984.
Prado também esteve outras quatro finais: ficou em 4º nos
200m borboleta (superando o recorde sul-americano) e 8º nos 200m medley, 200m
costas e 4x100m medley. Prado teve chances de ganhar medalha nos 200m
medley, mas as condições foram adversas no Equador.
"O hotel em que nos hospedamos não era bem frequentado.
Ficava em frente à rodoviária de Guayaquil. Eu consegui chegar à final dos 200m
medley, mas já estava debilitado, porque a alimentação lá era péssima, e
terminei a prova em oitavo lugar". Prado aterrissou em casa com o ouro no
pescoço, mas com uma grande micose na barriga. Djan Madruga teve pior
sorte: contraiu febre tifóide.
Na Universíada de Verão de 1983, em Edmonton,
Prado ganhou duas medalhas de bronze, nos 200 e 400m medley. Ele também
terminou em quarto nos 200m costas e sexto nos 200m borboleta.
Prado competiu nos Jogos Pan-Americanos de 1983, em Caracas,
onde ganhou duas medalhas de ouro nos 200 e 400 metros medley (superando o
recorde da competição). Ele também ganhou duas medalhas de prata nos 200 metros
costas, e 200m borboleta (em ambos, batendo o recorde sul-americano).
Em 1984, seu recorde foi batido meses antes das Olimpíadas
de Los Angeles pelo alemão-oriental Jens-Peter Berndt, com 4m19s61.
Porém, a Alemanha Oriental, juntamente com o bloco comunista, boicotaria
esta Olimpíada. Ricardo era um dos favoritos à medalha de ouro.
Entretanto, nos Jogos Olímpicos de Verão de
1984 em Los Angeles, Califórnia obteve a medalha de
prata nos 400m medley, prova vencida pelo canadense Alex
Baumann, com recorde mundial de 4m17s41.