r7 -06/12/2021 18:07
A morte precoce da atriz e modelo Mila Moreira, 72, nesta
segunda-feira (6), pegou muita gente de surpresa. Mas, com os mais próximos,
Mila sempre falou abertamente sobre uma doença silenciosa que enfrentava desde
a infância: a síndrome do pânico.
A atriz e modelo convivia com a síndrome desde criança,
quando foi diagnosticada com um problema no coração. Mila revelou que sempre
teve medo de morrer jovem demais.
“Nasci com o pânico. Quando era estudante de um colégio
interno, lembro das professoras chamando a minha mãe (Ilda, já falecida)
achando que eu ia morrer”, contou. Um problema que tinha no coração desde seu
nascimento seria um dos motivos de ter desencadeado a doença tão cedo, na
opinião dela. “Tenho prolapso de válvula mitral (mau fechamento das válvulas do
coração), que causa palpitação e me fazia ter a sensação de estar morrendo.
Passei a vida com minha mãe chorando, achando que eu iria morrer do coração”,
revelou ela em entrevistas.
O diagnóstico do pânico só aconteceu muitos anos depois,
quando a situação ficou insustentável. Nos anos de 1990 e 1992 os
ataques de pânico e ansiedade ficaram mais frequentes e Mila emagreceu muito.
Entrou em depressão. Chegou a pesar 48 quilos e deixou de sair de casa, de
falar com os amigos e quase tirou a própria vida.
Mila então intensificou os tratamentos e conscientizou-se de que não poderia mais deixar de cuidar desse problema. Não podia ficar sem medicamentos.
Mila Moreira não teve filhos e se casou sete vezes. A família não revelou a causa da morte da atriz.