Morre o pioneiro Antônio Fonzar: sepultamento será amanhã cedo.

hoje mais -27/11/2019 16:17

Faleceu no Hospital, onde se recuperava de problemas de saúde, a personalidade andradinense Antônio Francisco Fonzar, o Nenê Fonzar. O velório acontece na Loja Maçônica 11 de Julho. Também é programado a sessão fúnebre maçônica (aberta ao público ) por volta das 9h30 desta quinta-feira (28). O sepultamento está também programado a ser realizado as 10h horas da manhã.

A Vida

Nenê Fonzar nasceu em 11 de setembro de 1932, na “Fazenda Palmeiras”, de propriedade da empresa Moura Andrade, no município de Jaborandi (SP), a infância e os estudos passaram pelo distrito de Botafogo, no município de Bebedouro (SP) e também em Pitangueiras (SP). Casado com Dionirce N. Silva Fonzar, com quem teve quatro filhos: Ana Maria Fonzar Plazza, Valéria Aparecida Fonzar Plazza, Adolfo Fonzar Neto e Antônio Francisco Fonzar Filho (Toni Fonzar).

Iniciou suas atividades empresariais no ano de 1945, na cidade de Pitangueiras, como revendedor de combustíveis. Após nove anos no ramo, tornou-se empresário do ramo farmacêutico, na mesma cidade, tendo permanecido brevemente na atividade, uma vez que já no ano de 1955, tornou-se jogador de futebol profissional, atuando em diversos clubes do interior paulista, entre eles o Botafogo Futebol Clube, de Ribeirão Preto e o Sertãozinho Esporte Clube, e Sertãozinho, onde em 1956 se sagrou Campeão Paulista da Terceira Divisão.

Em 1957 iniciou as atividades empresariais no ramo de transportes rodoviários, adquirindo o primeiro caminhão, com o qual ajudou a construir o Frigorífico Mouran em Andradina, trazendo pra cá o cimento que adquiria em Minas Gerais. Na mesma época, transportou e forneceu materiais de construção que foram empregados na construção de Brasília-DF, especialmente no prédio do Banco do Brasil e na igreja matriz.

Fixou residência em Andradina no ano de 1960, quando voltou a jogar futebol profissionalmente, atuando pelo Mouran Esporte Clube, na terceira divisão do Campeonato Paulista. Já no ano seguinte, junto com seu irmão Adelino Fonzar, fundou a empresa Transfarma Transportes Ltda, efetuando o transporte frigorífico com exclusividade para o Frigorífico Mouran.

Maçom atuante, pertenceu aos quadros da Loja Maçônica XI de julho desde 1973, tendo nela ocupado todos os cargos.

Na sociedade andradinense, ocupou diversos cargos e neles fez muito. Entre eles  foi presidente do Mouran Esporte Clube; presidente da Polícia Rodoviária Esporte Clube de Andradina; presidente do Andradina Tênis Clube por cinco anos, tendo construído a piscina infantil com recursos próprios; presidente do Andradina Esporte Clube; presidente da Associação Comercial e Industrial de Andradina; presidente da CAMENOR, tendo construído o edifício sede com recursos próprios; foi membro fundador da APAE de Andradina; membro da Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Andradina por 25 anos; foi membro da diretoria executiva do Asilo São Vicente de Paula de Andradina; conselheiro da Fundação Educacional de Andradina, por seis anos; presidente do Conselho da Fundação Educacional de Andradina por 13 anos.

Foi na presidência da Diretoria Executiva da Fundação Educacional de Andradina, por 11 anos, um período em que pôde mudar a história da Fundação Educacional de Andradina, fazendo com que a entidade tivesse aproximadamente 2,5 mil matrículas por ano. Criou o o curso de alfabetização de adultos; diversos cursos técnicos; criou e instalou a faculdade de Medicina Veterinária de Andradina; adquiriu o imóvel e instalação do hospital veterinário “Antônio Francisco Fonzar”; celebrou um convênio com o Estado de São Paulo, na administração  do Governador Mario Covas, para a utilização do Instituto de Zootecnica do Estado pela Fundação Educacional de Andradina, pelo prazo de 99 anos, construiu a biblioteca da Fundação Educacional de Andradina que é a maior biblioteca de toda a região noroeste do estado; Instalou laboratórios, ampliou o número de salas de aula, construiu um campo de futebol e obteve a autorização do MEC para a instalação dos cursos superiores de Enfermagem Padrão, Zootecnia e Fisioterapia, cuja continuidade ficou a cargo da nova diretoria.

A história de Nenê Fonzar é uma daquelas histórias sobre o empreendedorismo que permeiam a cidade.