metropoles -22/09/2023 15:41
A Polícia Civil de São Paulo investiga a morte
da ex-jogadora de vôlei e campeã olímpica Walewska Oliveira, de 43 anos. De
acordo com o registro da ocorrência, ela teria caído do 17º andar do prédio em
que morava, em Cerqueira César, bairro nobre da região central da capital. O
corpo foi encontrado por volta das 18h30 da quinta-feira (21/9).
Registrado como “morte suspeita”, o caso está aos cuidados
do 78º Distrito Policial de São Paulo, nos Jardins. A polícia analisa câmeras
de segurança do edifício para entender o que aconteceu nas horas que
antecederam o falecimento de Walewska.
Segundo testemunhas, a ex-jogadora teria caído do salão de
festas do prédio. O marido dela estaria no apartamento do casal, em outro andar
do edifício, no momento da tragédia.
Ouvido pela polícia, o marido de Walewska, Ricardo Alexandre
Mendes, contou que o casal enfrentava uma crise no casamento de 20 anos. Ele
disse que, nessa quinta-feira, voltou do trabalho às 17h30 e não encontrou a
mulher em casa. Em seguida, resolveu dormir e, por volta de 18h30, foi acordado
por funcionários do prédio com a informação de que houve um “acidente”.
As câmeras de monitoramento registraram a chegada de
Walewska à área de lazer do edifício às 16h50. Segundo a polícia, ela carregava
uma garrafa de vinho e uma pasta com papel sulfite. A ex-jogadora teria deixado
uma carta de despedida.
A ex-jogadora Walewska com o marido com o marido Ricardo Mendes
Campeã olímpica
Mineira
de Belo Horizonte, Walewska nasceu em 1º de outubro de 1979 e começou
bem cedo a carreira profissional no vôlei. Em 1995, já era titular como
meio-de-rede no Minas, onde ficou até 1998.
A atleta era conhecida pelas companheiras como amiga de
sorriso fácil. “A Wal era puro sorriso, alegria, respeitava as pessoas. Só
trazer esse testemunho de quem era a Walewska fora das quadras. Dentro, todo
mundo percebia a postura de uma atleta exemplar e respeitada por todos”,
afirmou Fabi, ex-companheira de Walewska na Seleção.
Antes dos 20 anos, já havia sido convocada para a Seleção
Brasileira sob o comando de Bernardinho. Foi uma espécie de ligação entre uma
geração mais antiga, com Márcia Fu e Ana Paula, e outra mais nova, com Tainara,
por exemplo.
Com o Brasil, conquistou o ouro nos Jogos de Pequim, em
2008, e bronze nos Jogos de Sydney, em 2000. Ainda ajudou a Seleção a
conquistar três títulos no Grand Prix (2004, 2006 e 2008), um na Copa dos
Campeões (2013) e um nos Jogos Pan-Americanos de Winnipeg, em 1999.