https://brasil.un.org/pt-br -18/10/2022 09:37
A população global deverá atingir 8 bilhões em 15 de
novembro de 2022, e a Índia deverá superar a China como o país mais populoso do
mundo em 2023, de acordo com o relatório "World Population Prospects
2022", divulgado nesta segunda-feira (11), no Dia Mundial da População.
A população global está crescendo em um ritmo mais lento
desde 1950, apresentando uma queda de 1% em 2020. As últimas projeções das
Nações Unidas indicam que a população mundial deve chegar em 8,5 bilhões em
2030 e 9,7 bilhões em 2050.
A estimativa é de que a população atinja um pico de cerca de
10,4 bilhões de pessoas durante a década de 2080 e permaneça neste nível até
2100.
A população global deverá atingir 8 bilhões em 15 de
novembro de 2022, e a Índia deverá superar a China como o país mais populoso do
mundo em 2023, de acordo com o relatório “World Population Prospects
2022”, divulgado nesta
segunda-feira (11), no Dia Mundial da População.
“O Dia Mundial da População acontece em um ano marcante,
quando esperamos o nascimento do oitavo bilionésimo habitante da Terra. Esta é
uma ocasião para celebrar nossa diversidade, reconhecer nossa humanidade e
admirar os avanços na saúde que aumentaram a longevidade e reduziram
drasticamente as taxas de mortalidade materno-infantil”, disse o
secretário-geral da ONU, António Guterres. “Ao mesmo tempo, é um lembrete sobre
a nossa responsabilidade compartilhada de cuidar de nosso planeta. É também um
momento para refletir que ainda estamos aquém dos nossos compromissos com o
outro”, acrescentou.
A população global está crescendo em um ritmo mais lento
desde 1950, apresentando uma queda de 1% em 2020. As últimas projeções das
Nações Unidas indicam que a população mundial deve chegar a 8,5 bilhões em 2030
e 9,7 bilhões em 2050. A estimativa é de que a população atinja um pico de
cerca de 10,4 bilhões de pessoas durante a década de 2080 e permaneça neste
nível até 2100.
O relatório também afirma que a fecundidade caiu
acentuadamente nas últimas décadas para muitos países. Hoje, dois terços da
população global vivem em um país ou região onde a fecundidade ao longo da vida
está abaixo de 2,1 nascimentos por mulher, aproximadamente o nível necessário
para um crescimento zero a longo prazo para uma população com baixa
mortalidade. Estima-se que as populações de 61 países diminuam 1% ou mais entre
2022 e 2050, devido aos baixos níveis de fecundidade e, em alguns casos, às
elevadas taxas de emigração.
Mais da metade do aumento projetado da população global até
2050 estará concentrado em oito países: República Democrática do Congo, Egito,
Etiópia, Índia, Nigéria, Paquistão, Filipinas e República Unida da Tanzânia. A
estimativa é de que os países da África Subsaariana contribuam com mais da
metade do aumento previsto até 2050.
“A relação entre crescimento populacional e desenvolvimento
sustentável é complexa e multidimensional”, disse o subsecretário-geral da ONU
para Assuntos Econômicos e Sociais, Liu Zhenmin.
“O rápido crescimento populacional torna mais difícil
erradicar a pobreza, combater a fome e a desnutrição e aumentar a cobertura dos
sistemas de saúde e educação. Por outro lado, alcançar os Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável (ODS), especialmente aqueles relacionados à saúde,
educação e igualdade de gênero, contribuirá para reduzir os níveis de
fertilidade e para desacelerar o crescimento da população global”.
Na maioria dos países da África Subsaariana, bem como em
partes da Ásia e da América Latina e Caribe, a parcela da população em idade
ativa (entre 25 e 64 anos) vem aumentando graças às recentes reduções de
fecundidade. Esta mudança na distribuição etária oferece uma oportunidade para
o crescimento econômico acelerado per capita, conhecido como “dividendo
demográfico”.
Para maximizar os benefícios potenciais de uma distribuição
etária favorável, os países devem investir no desenvolvimento adicional de seu
capital humano, garantindo o acesso a cuidados de saúde e educação de qualidade
em todas as idades e promovendo oportunidades de emprego produtivo e trabalho
decente.
A parcela da população global com 65 anos ou mais deverá
aumentar de 10% em 2022 para 16% em 2050. Espera-se que o número de pessoas com
65 anos ou mais em todo o mundo seja mais do que o dobro do número de crianças
com menos de 5 anos, e aproximadamente o mesmo que o número de crianças com
menos de 12 anos.
Os países com populações idosas devem adaptar seus programas
públicos para o número crescente de idosos, implementando cuidados de saúde
universais e sistemas de cuidados de longo prazo, além de melhorar a
sustentabilidade dos programas de previdência social e aposentadoria.
A expectativa de vida global ao nascer atingiu 72,8 anos em
2019, uma melhoria de quase 9 anos desde 1990. Estima-se que novas reduções na
mortalidade resultem em uma longevidade global média de cerca de 77,2 anos em
2050. Ainda em 2021, a expectativa de vida para os países menos desenvolvidos
ficou 7 anos atrás da média global.
A pandemia da COVID-19 afetou os três componentes da mudança
populacional. A expectativa de vida global ao nascer caiu para 71,0 anos em
2021. Em alguns países, ondas sucessivas da pandemia podem ter produzido
reduções de curto prazo no número de gestações e nascimentos, enquanto para
muitos países há poucas evidências do impacto nos níveis ou tendências de
fecundidade. A pandemia restringiu severamente todas as formas de mobilidade
humana, incluindo a migração internacional.
“Mais ações dos governos destinadas a reduzir a fecundidade
teriam pouco impacto no ritmo de crescimento populacional entre agora e meados
do século devido à estrutura etária jovem da população global de hoje. No
entanto, o efeito cumulativo da menor fecundidade, se mantido por várias
décadas, pode ser uma desaceleração mais substancial do crescimento da
população global na segunda metade do século”, explicou o diretor da Divisão de
População do Departamento de Economia e Assuntos Sociais da ONU, John Wilmoth.