r7 -16/02/2022 20:13
O governador do Rio, Cláudio Castro, disse que ainda não foi
possível fazer uma estimativa, nesta quarta-feira (16), de quantas pessoas
estão desaparecidas em Petrópolis, na Região Serrana. O número de mortos na
tragédia das chuvas subiu para 80, segundo o Corpo de Bombeiros.
Um dia após o temporal castigar a cidade, mais de 900 homens
procuram por vítimas. Até o momento, 24 pessoas foram resgatadas com vida.
Castro confirmou que as buscas seguem sem interrupção em
Petrópolis: "As equipes são 24 horas. Não vamos parar as buscas. Vai
continuar, a não ser que a parte técnica diga que tenha que parar, mas não vai
parar dentro da normalidade".
O governador afirmou que esta foi a pior chuva que atingiu a região desde 1932. Durante a
coletiva de imprensa, Castro foi questionado se os moradores poderiam ter sido
alertados com mais antecedência já que o Estado possui equipamentos para evitar
tragédias como a que ocorreu em 2011 na Região Serrana.
"Continuo elogiando o trabalho da Defesa Civil. Muitas
pessoas deixaram de ser vitimadas graças ao trabalho deles. Realmente, temos
que olhar esses radares para ver se não pegaram, se não foram avisados, se
houve uma espécie de falha, já vou pedir que se faça essa investigação para
entender o que houve, mas esse aviso, de fato, não chegou", disse.
O governador voltou a afirmar que a cidade vive uma situação quase de guerra . Segundo Castro, 910 agentes estão na cidade para buscar desaparecidos e
prestar suporte à população que foi afetada pela chuva. Além disso, nove
helicópteros sobrevoam a região e 190 equipamentos, entre máquinas e veículos,
estão sendo utilizados.
Dois caminhões com vacinas antitetânicas estão na cidade e
um hospital de campanha, com dez leitos, foi aberto pelo Corpo de
Bombeiros.
O prefeito de Petrópolis, Rubens Bomtempo (PSB), agradeceu pelas
mobilizações de ajuda ao município e se solidarizou com as vítimas e as pessoas
que perderam entes queridos na tragédia.