Cigarro eletrônico pode deixar sequelas e consumo coloca em risco a saúde

band/uol e gauchazh -25/12/2021 22:38

A venda de cigarros eletrônicos é proibida no Brasil, mas tem gente que comercializa. E como tem muita gente que compra, é importante este alerta: o consumo coloca em risco a saúde.

“Acabei de voltar do hospital Sírio-Libanês. Graças a Deus, já estou curado, não é vida? Foi um susto que realmente eu levei”, disse Zé Neto, dupla de Cristiano.

E que susto! O cantor sertanejo teve complicações pulmonares por causa do chamado vape, um tipo de cigarro eletrônico que está na moda. O fenômeno que vai na contramão de uma tendência mundial. 

Enquanto a quantidade de fumantes diminui, cresce o número de pessoas que estão usando cigarro eletrônico. É gente que tenta diminuir a ansiedade para largar o cigarro normal ou, simplesmente, para acompanhar os amigos.

A propaganda nas redes é gigantesca, embora desde 2009 a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) proíba a comercialização, importação e propaganda desses produtos. Só que os cigarros eletrônicos podem ser encontrados em tabacarias e até bancas de jornal. E, muito mais facilmente, na internet.

Veja como funciona o e-cigarro e quais seus principais riscos


O que é?

É um dispositivo eletrônico utilizado para fumar, alimentado por uma bateria. Contém um cartucho que armazena nicotina líquida, água, substâncias aromatizantes e solventes, como glicerina e propilenoglicol.

É permitido no Brasil?

Não. Como medida de precaução e proteção à saúde da população, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proíbe comercialização, importação e propaganda de quaisquer Dispositivos Eletrônicos para Fumar (DEF).

Qual é o perigo dos cigarros eletrônicos?

O dispositivo contém nicotina, que causa dependência. Este é o primeiro perigo. Além disso, "cigarro eletrônico" é o termo utilizado para definir uma grande variedade de produtos que divergem em relação a formato, concentrações de líquidos, marcas etc. Portanto, pressupõe-se que haja também uma variedade em sua toxicidade e nas consequências para a saúde de quem os usa, dificultando as conclusões de estudos e do controle sobre o que é consumido. Mesmo diante da variedade de produtos, já se pode dizer que os cigarros eletrônicos representam dois tipos de riscos: o individual, que é o surgimento de doenças relacionadas ao seu uso e a ocorrência de explosões e intoxicação pelo contato com seu líquido; e o risco coletivo, que seria o impacto da entrada e consumo destes produtos nas medidas de controle do tabaco de um país.

Cigarro eletrônico faz mal à saúde?

Sim. Estudos já demonstraram que o cigarro eletrônico aumenta o risco de infarto agudo do miocárdio e de doenças respiratórias e pulmonares, como a asma. Além disso, esses produtos possuem em sua composição substâncias reconhecidamente cancerígenas. O recente surto de doença pulmonar severa, com seis mortes confirmadas nos Estados Unidos, aumenta a preocupação.

O cigarro eletrônico ajuda a parar de fumar o cigarro comum?

O uso de cigarro eletrônico não é tratamento. Não há evidência científica que comprove que a substituição seja eficaz para parar de fumar. Por outro lado, as evidências contrárias vêm se acumulando, ou seja, fumantes que usam estes produtos têm menos chance de deixar de fumar. 

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