r7 -13/08/2022 15:33
Uma jovem norte-americana desabafou publicamente sobre os
dias que passou com varíola
do macaco (monkeypox). Camille Seaton, de 20 anos, moradora do estado da
Geórgia, teve a doença em julho.
Em entrevista à revista People, ela contou que
acreditava ter sido infectada por lidar diariamente com dinheiro em espécie, já
que é caixa em um posto de gasolina.
“Eu simplesmente não estava sendo cuidadosa e toquei meu
rosto e meu corpo, transferindo um monte de germes inconscientemente.”
Embora o contato com objetos contaminados não seja a
principal forma de transmissão do vírus monkeypox no surto atual, esta
possibilidade existe, já que o vírus pode permanecer viável em superfícies.
O contato de pele e mucosas, incluindo atividade sexual,
abraços e beijos, tem sido descrito como a via mais frequente de
infecção.
Os primeiros sinais de que algo estava errado começaram no
dia 11 de julho, quando Camille percebeu algumas protuberâncias se formando no
rosto dela.
"Naquela noite, elas [lesões] já tinham se tornado
brancas. Então eu sabia que tinha alguma coisa", disse.
Cinco dias depois, ela procurou um hospital e foi submetida
a um teste de varíola do macaco, que confirmou o diagnóstico.
A jovem teve ainda outros sintomas clássicos da doença, como
febre, dor de cabeça, musculares e nas articulações, além de cansaço.
Após alguns dias, as primeiras lesões do rosto começaram a
cicatrizar, mas outras surgiram no resto do corpo.
"Eu tinha muitas [lesões] nas minhas mãos. Era muito
difícil para mim fazer qualquer coisa com as mãos. Não conseguia segurar meu
telefone, não conseguia fazer nada em casa, nem dobrar minhas roupas. Foi
extremamente doloroso".
Camille ficou isolada por três semanas, até o
desaparecimento de todas as lesões. Nesse período, ela não pôde trabalhar e
precisou fazer uma vaquinha virtual para se manter.
Liberada para voltar ao convívio social em 1º de agosto, a
jovem relatou que ainda não se sente confortável em trazer a filha de três anos
de volta para casa.
Agora, a luta é contra as cicatrizes deixadas. "Elas
vão desaparecer gradualmente, mas você vai perceber para sempre que elas estão
lá", completa.