r7 -17/04/2022 23:03
O número de mortes devido às graves inundações que estão
ocorrendo na província de KwaZulu-Natal, no leste da África do Sul, aumentou
neste domingo (17), chegando a 433 vítimas, além de 63 desaparecidos, de acordo
com informações de fontes oficiais.
Neste domingo, durante entrevista coletiva, o chefe de
governo da província, Sihle Zikalala, atualizou o número de vítimas e reiterou
que estas inundações estão "entre as piores catástrofes na província de
KwaZulu-Natal em muito tempo."
As equipes de emergência continuam trabalhando na área
devastada, que está novamente em alerta neste fim de semana devido a chuvas e
ventos. As autoridades locais estimam que os danos na província sejam de
milhões e que um total de 40 mil pessoas tenha sido afetado pelas inundações
desde o início das chuvas torrenciais na última segunda-feira (11). Também
estimam que 3.937 casas foram totalmente destruídas e 8.039 parcialmente
danificadas.
Estado de calamidade
O governo sul-africano declarou estado de calamidade na
província e enviou tropas do Exército para auxiliar no trabalho de emergência e
na busca de pessoas desaparecidas. Zikalala afirmou neste domingo que a
província vai pedir ao governo que considere declarar estado de calamidade a
nível nacional devido à magnitude da tragédia.
A região mais afetada é a área de Durban, que é a maior
cidade de KwaZulu-Natal e a terceira maior da África do Sul. A infraestrutura
de eletricidade e de água corrente e muitos centros médicos foram severamente
danificados. Segundo cálculos de Mxolisi Kaunda, prefeito de Durban, só nesse
município o prejuízo foi quantificado na última quinta-feira (14) em 757
milhões de rands (cerca de 50 milhões de euros ou R$ 253 milhões).
O presidente do país, Cyril Ramaphosa, visitou a área
afetada na última quarta-feira (13) e afirmou tratar-se de um "desastre de
enormes proporções". Ele vinculou diretamente as inundações às mudanças
climáticas.