cnn -26/12/2023 10:55
O ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel afirmou nesta
segunda-feira (25) que deu instruções aos funcionários do seu ministério para
recusarem a emissão de novos vistos para funcionários da Organização das Nações
Unidas (ONU), bem como a renovação dos já existentes.
A decisão é motivada pela insatisfação com a atitude da ONU
durante a guerra em Gaza, entre Israel e o Hamas.
“A conduta da ONU desde 7 de outubro é uma vergonha para a
organização e para a comunidade internacional, a começar pelo secretário-geral
[António Guterres], que legitimou crimes de guerra e crimes contra a
humanidade, passando pelo Alto Comissário para os Direitos Humanos, que publica
calúnias de sangue sem fundamento”, afirmou o ministro Eli Cohen numa mensagem
na sua conta da rede social X, antigo Twitter.
Desentendimentos
A animosidade entre Israel e a ONU se intensificou no fim de
outubro, após o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, criticar
os bombardeios promovidos por Israel em Gaza. Depois das críticas, Eli Cohen
cancelou uma reunião com o chefe da organização.
Entre as observações feitas por Guterres ao Conselho de
Segurança, foi dito que os ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro “não
aconteceram no vácuo”.
Como resultado, representantes do governo anunciaram que
Israel suspenderia os vistos para funcionários da ONU. Na época, Israel já
havia rejeitado um pedido de visto do subsecretário-geral da ONU para Assuntos
Humanitários e Coordenador de Ajuda de Emergência, Martin Griffiths.
Na mesma semana, a Assembleia-Geral da Organização das
Nações Unidas aprovou uma proposta de resolução da Jordânia e dos países árabes
sobre o conflito entre Israel e o Hamas. O texto pedia uma “trégua humanitária
imediata” na guerra.