r7 -04/04/2021 15:06
Ao menos 44 pessoas morreram neste domingo (4) em inundações
e deslizamentos de terra na ilha indonésia de Flores, no leste do país. As
autoridades temem que o número de vítimas seja ainda maior.
"Há 44 pessoas mortas e nove feridas" na região
leste de Flores e "muitas (...) continuam debaixo da lama", disse à
AFP o porta-voz da agência de gestão de desastres, Raditya Jati.
Horas antes, a agência registrou 23 mortos, nove feridos e
dois desaparecidos. As chuvas torrenciais provocaram inundações em vários
distritos da Ilha de Flores, onde a maioria da população é católica, por volta
da 1h (14h de sábado, hora de Brasília), horas antes do início das celebrações
da Semana Santa.
Dezenas de casas foram cobertas pela lama, enquanto pontes e
estradas foram destruídas na parte leste da ilha.
As chuvas torrenciais provocaram inundações em vários
distritos da Ilha de Flores, onde a maioria da população é católica, por volta
da 1h (14h de sábado, hora de Brasília), horas antes do início das celebrações
da Semana Santa.
A única via de acesso agora é pelo mar, a partir da ilha de
Adonara, "mas as chuvas e a forte maré tornam impossível a
travessia", disse Jati à AFP. Espera-se que as condições meteorológicas
extremas continuem durante toda a semana na região.
Além disso, as inundações causadas pelas fortes chuvas
afetaram neste domingo a cidade de Bima, na província vizinha das ilhas da
Sonda ocidentais (West Nusa Tenggara), e causaram a morte de duas pessoas,
segundo a agência.
Represas transbordaram e submergiram quase 10.000 casas em
Bima, após nove horas de chuvas, disse Jati.
Os deslizamentos de terra e as inundações repentinas são
habituais no arquipélago indonésio, especialmente durante a temporada de
chuvas. Mas ambientalistas apontam o desmatamento como um fator que favorece
estres desastres.
Em janeiro, 40 indonésios morreram em inundações que
afetaram a cidade de Sumedang, no oeste de Java.
A agência nacional de gestão de catástrofes calcula que 125
milhões de indonésios, aproximadamente a metade da população do arquipélago,
vivem em áreas de risco de deslizamentos.