www.revistaplaneta.com.br -10/12/2020 15:30
Atarantados com a covid-19, que tem
nos EUA o país com mais contaminados e mais óbitos no mundo, os americanos
descobriram agora um novo motivo para se espantar com (e temer) 2020: uma
invasão de vespas
asiáticas gigantes (Vespa
mandarinia).
O assunto se tornou sensação na internet no fim de semana,
conforme o termo “vespa assassina” começou a se espalhar, a partir de uma
matéria publicada no sábado pelo jornal “The
New York Times” sobre os esforços para impedir que a espécie aniquile
abelhas. O artigo e as reações a ele repercutiram em diversas publicações
locais, como o site NBC
News.
O inseto, cuja rainha chega a atingir 5 centímetros, foi
observado inicialmente nos EUA em dezembro, de acordo com o Departamento de
Agricultura do estado de Washington (noroeste
do país). A Vespa mandarinia geralmente não tem como alvo pessoas ou
animais de estimação, mas é uma ameaça mortal para colmeias de abelhas. Essas
vespas aparentemente entram em uma “fase de abate”, durante a qual decapitam as
abelhas e destroem colmeias inteiras no espaço de algumas horas, segundo o
departamento.
Impactos negativos
Uma invasão desses insetos pode ter impactos negativos
sérios no meio ambiente e na saúde pública, alertou o Departamento de
Agricultura de Washington.
A espécie possui ferrões mais longos com veneno
mais tóxico, que pode representar um perigo para os humanos se os insetos
se sentirem ameaçados. E, diferentemente das abelhas, as vespas gigantes
asiáticas podem picar repetidamente, disse o entomologista Chris Looney, do
Departamento de Agricultura de Washington, em um vídeo postado na página do
departamento no YouTube no mês passado. No Japão, até 50 pessoas
morrem a cada ano por picadas da Vespa mandarinia.
As autoridades estão trabalhando para encontrar ninhos e
destruí-los antes que possam se reproduzir, de acordo com Looney. Ele também
alertou as pessoas contra tentativas de matar as vespas e recomendou evitar
seus ninhos por completo. Em vez disso, o público é estimulado a relatar às
autoridades locais eventuais observações do inseto.