r7 -12/09/2020 22:23
A agência nacional de notícias iraniana IRNA anunciou neste
sábado (12) que o Irã executou o campeão nacional de luta greco-romana Navid
Afkari por um assassinato que ele, segundo as autoridades judiciais iranianas,
confessou.
Ele teria sido executado na prisão de Adelabad em Shiraz, no
sul do país.
O lutador de 27 anos enfrenta duas penas de morte desde que
foi condenado por matar um segurança a facadas e por outras acusações ligadas a
protestos antigoverno em 2018, de acordo com a mídia estatal.
Apesar de o Irã dizer que ele confessou o crime, há a
suspeita de que Navid Afkari só foi morto por ter se tornado, ao lado de seus
irmãos Vahid e Habib, um crítico ao atual presidente, Hassan Rohani.
Afkari disse que foi torturado para fazer uma confissão
falsa, de acordo com familiares e ativistas, e seu advogado diz não haver prova
de sua culpa.
Apesar de o Irã dizer que ele confessou o crime, ocorrido
durante os protestos contra o governo, há a suspeita de que Navid Afkari só foi
morto por ter se tornado, ao lado de seus irmãos Vahid e Habib, um crítico ao
atual presidente, Hassan Rohani.
Afkari disse que foi torturado para fazer uma confissão
falsa, de acordo com familiares e ativistas, e seu advogado diz não haver prova
de sua culpa.
Os dois irmãos de Afkari, também condenados no caso, tiveram
penas de 54 e 27 anos de prisão.
Muitas organizações internacionais importantes protestaram
contra a execução planejada e pediram ao Irã que poupasse a vida de Afkari.
Uma associação global que representa 85 mil atletas pediu,
nesta semana, a expulsão do Irã do esporte mundial se o país executasse o
campeão de luta greco-romana.
"O ato horroroso de executar um atleta só pode ser
considerado um repúdio aos valores humanitários que sustentam o esporte",
disse Brendan Schwab, diretor da Associação Mundial de Atletas (AMA), em um
comunicado.
Protestos são registrados em várias partes do mundo neste
sábado.