Hypeness/fotos vitor paiva -02/11/2022 09:40
Uma pesquisa da Universidade James Cook, na
Austrália, concluiu que as mudanças climáticas podem provocar
impactos terríveis até mesmo sobre os insetos. De acordo com o estudo, os efeitos da
ação humana sobre o meio ambiente reduzirão drasticamente as populações de
insetos no planeta.
O “apocalipse” dos insetos também
agravará o quadro ambiental da humanidade e da Terra, causando um desequilíbrio
extremo na cadeia alimentar, na biodiversidade e no próprio funcionamento da
natureza.
As abelhas já foram reconhecidas como o ser
vivo mais importante para a saúde do planeta
A explicação para a potencial extinção que as mudanças climáticas podem impor sobre os insetos está no aumento da temperatura e o fato de esses
animais serem ectotérmicos, ou terem pouca capacidade de regular a temperatura
corporal. Dessa forma, a elevação do calor na Terra coloca os insetos em situação especialmente
ameaçada, diante da previsão de elevação da temperatura entre 2ºC e 5ºC até
2100.
A dificuldade de regular a temperatura do corpo
está por trás da ameaça de extinção dos insetos
“Um conjunto crescente de evidências mostra que muitas populações de insetos estão diminuindo rapidamente em muitos lugares. Esses declínios são de profunda preocupação, com o termo ‘apocalipse de insetos’ sendo cada vez mais usado pela mídia e até mesmo por alguns cientistas para descrever esse fenômeno”, afirmou William Laurance, da universidade australiana, e um dos autores do estudo. Além da variação de temperatura, o estudo demonstrou que as mudanças climáticas afetam os insetos por outros efeitos, como a poluição, redução dos hábitats e a predação.
Assim como as abelhas, as borboletas atuam
diretamente na polinização de plantas
O desequilíbrio causado por uma redução ou extinção
dos insetos impacta diretamente na saúde do planeta e da humanidade, já que
tais animais são determinantes na polinização, no controle
de pragas e na reciclagem de nutrientes, em conclusão que agrava ainda mais a
urgência de recuperar áreas afetadas e conter o impacto da ação humana.
“As evidências são claras e impressionantes.
Precisamos agir agora para minimizar os impactos nas populações de insetos —
sabemos como fazê-lo, mas a tomada de decisões e o financiamento necessário
continuam sendo empurrados pelo caminho”, concluiu o pesquisador.
Além de fazerem parte da cadeia alimentar, os
insetos atuam no controle de pragas no planeta