r7 -12/12/2021 19:59
A variante Ômicron da Covid-19 parece se propagar mais que a
Delta, com sintomas mais leves, contornando a ação das vacinas, disse neste
domingo (12) a OMS (Organização Mundial da Saúde), que destacou que esses dados
são preliminares.
A Ômicron estava presente em 63 países em 9 de dezembro,
informou a OMS em uma atualização técnica que confirma as declarações de seus
funcionários nos últimos dias.
Segundo a OMS, a Ômicron parece se espalhar mais rápido que
a variante Delta, que até agora é responsável pela maioria das infecções no
mundo.
Esse avanço mais rápido não é exclusivo da África do Sul,
onde a Delta é menos prevalente, mas também no Reino Unido, onde essa cepa é a
dominante.
Até o momento, a ausência de mais informações impede afirmar
se a taxa de transmissão da Ômicron se deve ao fato de conseguir contornar a
imunidade, ao fato de suas características a tornarem mais transmissível ou a
uma combinação desses dois fatores.
A OMS estima que "a Ômicron deve superar a Delta nos
lugares onde há transmissão comunitária".
Os dados ainda são insuficientes para estabelecer o nível de
gravidade do quadro clínico provocado pela Ômicron, mesmo que até o momento os
sintomas pareçam ser de "leves a moderados" tanto no sul da África
como na Europa.
Sobre as vacinas, os poucos dados disponíveis levam a
acreditar que o perfil genético da Ômicron "reduz a eficácia em relação à
proteção do contágio".
A fabricante Pfizer/BioNTech informou na semana passada que
um esquema de vacinação de três doses ainda é "eficaz" contra a
Ômicron.
Os países que têm recursos estão incentivando a população a
tomar uma terceira dose.
Esse é o caso da Europa, onde há uma nova onda de casos
provocada pela Delta, pelo abandono das medidas de prevenção e pelas baixas
taxas de vacinação em alguns países.