afp -18/09/2023 11:26
Agências da ONU disseram nesta segunda-feira (18) que vêm
lutando para prevenir um surto de doenças após as enchentes que devastaram a
cidade líbia de Derna, deixando milhares de desaparecidos, e fizeram um alerta
de que estão tentando evitar uma “crise devastadora”.
A Missão de Apoio das Nações Unidas na Líbia (UNSMIL)
explicou num comunicado que equipes de nove agências da ONU estiveram no
terreno para prestar ajuda e apoio às pessoas afetadas pela tempestade Daniel e
pelas inundações repentinas que atingiram Derna e outras cidades no leste da
Líbia.
O movimento Crescente Vermelho nega ter divulgado 11 mil
mortes na Líbia, número citado pela ONU. A tempestade vinda do Mediterrâneo
atingiu Derna no dia 10 de setembro e causou o rompimento de duas barragens
localizadas no leito do rio que atravessa a cidade, desencadeando um fluxo
semelhante a um maremoto.
A inundação deixou mais de 3.000 mortos, segundo o último
relatório do governo que controla o leste da Líbia, e há milhares de
desaparecidos.
As autoridades locais, as agências humanitárias e a equipe
da Organização Mundial da Saúde (OMS) estão preocupadas “com o risco de
propagação de doenças, em particular devido à água contaminada e à falta de
higiene”, afirmou a missão da OMS em comunicado.
A missão da OMS “continua a trabalhar para prevenir a
propagação da doença e evitar uma segunda crise devastadora na região”, disse a
entidade.
A OMS acrescentou que, nos últimos dias, equipes da Unicef,
a agência da ONU para a Infância, distribuíram “caixas com material médico de
emergência” para que os serviços de cuidados primários possam cuidar de 5.000
pessoas durante três meses.
Além disso, o Programa Alimentar Mundial (PAM) forneceu
rações a 5.000 famílias, e a OMS fretou 28 toneladas de material médico.