lusa -05/05/2020 09:14
Um avião que transportava material e equipamento para apoio
na luta contra a pandemia de covid-19 caiu nesta segunda-feira (4) na Somália.
Seis pessoas morreram. A aeronave Embraer 120 da empresa queniana African
Express, caius próximo do aeroporto da cidade meridional de Bardale, no estado
do Sudoeste.
"É terrível. Perdemos seis passageiros. Ninguém
sobreviveu", afirmou o ministro estadual dos Transportes, Hassan Hussein,
em declarações citadas pelo diário local Garowe Online.
Em comunicado, o Governo federal da Somália ressaltou que o
avião era proveniente da cidade de Baidoa, no sul, onde tinha feito escala
depois de ter deixado Mogadíscio.
O acidente ocorreu cerca das 15h30 horas locais (9h30
horário de Brasília).
"O Governo fazendo uma investigação exaustiva e
divulgará os resultados oportunamente. As nossas mais profundas condolências às
famílias e amigos que possam ter perdido os seus entes queridos",
acrescentou o executivo.
As autoridades somalis não se pronunciaram sobre informações
que levantam a hipótese de o avião ter sido derrubado acidentalmente por tropas
etíopes integradas na missão da União Africana na Somália (AMISOM), que se
encontram destacadas na região para combater o grupo 'jihadista' Al-Shebab.
Em Nairobi, onde está a sede da empresa de aviação, a
African Express lamentou, através da sua conta na rede social Twitter, a perda
de seis vidas.
"Exigimos uma investigação exaustiva. É um dia triste
para a aviação", acrescentou a companhia, sem avançar detalhes sobre os
falecidos.
Entretanto, o jornal queniano "Daily Nation"
divulgou que se trata de dois pilotos quenianos e quatro nacionais da Somália.
Em comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros do
Quênia pediu às autoridades somalis que investiguem "as confusas
circunstâncias" da tragédia.
A Somália regista 756 infecções e 35 mortes por covid-19.
A Somália vive em conflito e em estado de caos desde 1991,
quando foi destituído o Presidente Mohamed Siad Barre, que deixou o país
ingovernável e nas mãos de milícias islamitas e senhores da guerra que disputam
o território.