G1 e R7 -22/06/2022 22:51
Horas depois do terremoto
que deixou mais de mil mortos na madrugada desta quarta-feira (22) no
Afeganistão, a Organização das Nações Unidas (ONU) e países do Ocidente
começaram a anunciar ajudas a Cabul.
O governo do país, comandado desde agosto do ano passado
pelo Talibã, anunciou mais cedo que não tem recursos suficientes para
continuar realizando buscas e apoio a feridos e pessoas que perderam suas
casas.
O porta-voz do escritório da ONU para a Coordenação de
Assuntos Humanitário, Jean Laerke, afirmou que o Talibã entrou em contato com a
organização pedindo ajuda.
Segundo Laerk, outras agências da ONU também estão
"acompanhando a situação", mas a dificuldade de acesso à área do
terremoto, no leste do país, na fronteira com o Paquistão, dificulta o envio de
ajuda.
Já a Casa Branca afirmou que o presidente dos Estados Unidos,
Joe Biden, determinou que os órgãos de ajuda humanitária do governo enviem uma
operação ao Afeganistão para
apoiar afetados pelos tremores.
Mais cedo, o governo do Afeganistão falou
em risco de desastre humanitário e pediu ajuda de qualquer lado.
"Pedimos às agências de ajuda que proporcionem
assistência imediata às vítimas do terremoto para evitar um desastre
humanitário", afirmou o vice-porta-voz do governo, Bilal Karimi.
O desastre ocorre em um momento em que o Afeganistão enfrenta
uma grave crise econômica, desde que o Talibã assumiu o poder em agosto do ano
passado quando as forças internacionais lideradas pelos Estados Unidos se
preparavam para se retirar após duas décadas de ocupação militar.
"Já há a crise econômica bem forte no Afeganistão, com inflação alta, o que faz com que muitas famílias afegãs não estã conseguido colocar comida à mesa. E claro que uma catástrofe dessas não ajuda a melhorar a situação", afirmou a porta-voz da Cruz Vermelha no país, Lucien Christien.