r7 -03/05/2021 13:00
A projeção é do Instituto de Métricas e Avaliação de Saúde
da Universidade de Washington, nos Estados Unidos.
O pior cenário calculado pelos pesquisadores mostra uma
subida da curva de novas infecções ainda em maio, chegando a um pico na metade
de junho.
As mortes, então, atingiram um patamar nunca antes visto a
partir de julho, de acordo com os gráficos, totalizando 688 mil em 1º de
agosto.
O cenário atual, que leva em conta o aumento da vacinação em
90 dias e considera as novas variantes em circulação, é um pouco mais otimista,
apontando uma ligeira queda dos novos casos do fim de maio em diante.
Da mesma forma, haveria um platô de mortes diárias em torno
de 2.000, em maio e junho, sucedido de uma queda lenta até atingir cerca de
1.200 no começo de agosto, totalizando 575 mil óbitos — atualmente são 407,6 mil.
Os pesquisadores também trabalharam com previsões caso 95%
da população aderisse ao uso de máscaras. O instituto estima que hoje 69% dos
brasileiros façam uso permanente da proteção.
Com a universalização das máscaras, o Brasil teria uma
redução permanente de novos casos e chegaria a agosto com 525 mil mortes, 50
mil a menos do que o cenário atual indica.
O ex-secretário nacional de Vigilância em Saúde, Wanderson de
Oliveira, analisou os números e considera que estão dentro da realidade. Ele
ressalta que os pesquisadores da Universidade de Washington "têm acertado
com precisão".
"Enfrentaremos algo dentro do intervalo das linhas
pontilhadas vermelha e roxa [688 mil e 575 mil mortes até 1º de agosto], sendo
que pode piorar se a população relaxar demais. Além disso, devemos considerar a
possibilidade de já termos a circulação da variante da Índia no Brasil",
afirma.
Cabe ressaltar também que o primeiro pico da pandemia no
Brasil se deu justamente nos meses de inverno nas regiões Sul, Sudeste e
Centro-Oeste.