Rev. Hernandes Dias Lopes -06/12/2020 21:01
Um dos pilares do Cristianismo é que a Bíblia é a Palavra de
Deus inspirada, inerrante, infalível e suficiente. Isso é cláusula pétrea. Não
está aberto à discussão. Obviamente, isso não significa que ao longo dos
séculos, essa verdade magna não tenha sido alvo de acirrados debates e
acintosos ataques.
Porém, a Bíblia tem sido a bigorna de Deus a quebrar todos
os martelos dos críticos. Falsos eruditos e teologastros cheios de empáfia têm
se levantado para atacar a Bíblia, questionando sua autoridade, pondo em dúvida
sua inspiração ou negando sua infalibilidade e suficiência.
Entretanto, por mais barulho que esses emissários da
apostasia possam fazer, suas tresloucadas ideias caem no ralo do tempo,
cobrem-se de poeira e a Bíblia impávida prossegue sua marcha vitoriosa. O
Senhor Jesus foi enfático, dizendo que passará o céu e a terra, mas a Palavra
não vai passar.
A Escritura não pode falhar. Ela é eterna. Jamais fica
obsoleta ou ultrapassada. Não precisa de revisão nem de atualização. Os tempos
não a julgam, mas são julgados por ela. Os homens não têm autoridade para
mudá-la nem a igreja pode adequá-la ao seu tempo para camuflar a verdade ou
acoitar os pecadores não arrependidos.
Três fatos devem ser
destacados no trato dessa matéria.
Em primeiro lugar, a Bíblia não carece de
atualização. A Bíblia não é palavra de homem, mas a Palavra de Deus. Seu
conteúdo não tem erro. Sua mensagem não tem engano. Suas profecias são
infalíveis. A Palavra de Deus nunca fica velha, pois é eterna.
Embora a revelação foi progressiva, hoje a Bíblia tem uma
capa ulterior. Nada pode ser acrescentado a ela nem dela nada pode ser
retirado. Sua mensagem não é apenas um corolário de preceitos morais para uma
determinada cultura.
Ela não se curva aos costumes de um povo nem às tendências
de um tempo. Ela julga todas as culturas, normatiza todos os princípios e
confronta todos os pecados. Ninguém escapa ao seu escrutínio. Sua mensagem é
viva e atual. É poderosa e oportuna. É imperativa e inegociável.
Em segundo lugar, a Bíblia não carece de chancela
humana para ser suficiente. Enganam-se aqueles que dizem que a Bíblia não
é suficiente. Laboram em erro aqueles que dizem que seus textos precisam ser
resignificados para falar às novas gerações. A Palavra de Deus não é um texto
morto.
A Escritura não pode ser interpretada de forma inclusiva
para acolher pecadores impenitentes. A Palavra de Deus não pode aprovar os
pecados de gênero ou quaisquer outros pecados que ela condena só para agradar
os interesses daqueles que, por não se sujeitarem à verdade, querem permanecer
nos seus pecados.
A Bíblia é suficiente para tratar de doutrina e ética, de
credo e conduta, de fé e prática. Não são os homens nem os concílios
eclesiásticos que podem dar à Palavra de Deus a chancela de suficiência. Ela é
suficiente em si mesma. Ela tem vida em si mesma. Ela é inspirada, inerrante,
infalível e suficiente.
Em terceiro lugar, a Bíblia não está sujeita à cultura,
ela julga todas as culturas. A Bíblia não é um livro temporal. Não é nova
nem velha. Ela é eterna. Ela jamais fica desatualizada. Sua mensagem não pode
ser relativizada para atender as tendências antropológicas e sociológicas do
momento.
O mundo está em constante mudança. A sociedade corrompe-se a
passos galopantes. A inversão de valores é notória em todos os setores da
sociedade. O que era errado ontem é aplaudido hoje. Porém, a Bíblia não se
curva à essa realidade. Ela continua sendo luz na escuridão.
Ela continua sendo nossa única regra de fé e prática. Ela
não é julgada pela cultura, mas julga a todas as culturas. Não é o papa nem a
igreja que valida essa ou aquela doutrina ou comportamento.
Não é o pastor nem qualquer concílio que pode reinterpretar
a Bíblia para aprovar o que que a Escritura condena. Não é a igreja que está
acima da Escritura, mas é a Escritura que orienta a igreja.
O ruído contra a suficiência das Escrituras pode vir da
literatura, da imprensa, dos parlamentos, das cortes, da mídia, dos púlpitos,
mas a Palavra de Deus continuará imperturbável. Nem um i ou um til passará. Ela
continuará sendo a bigorna de Deus que quebrará todos os martelos dos críticos.