reverendo hernandes dias lopes -12/12/2021 19:09
Os Dez Mandamentos são uma síntese dos mandamentos de Deus.
Tratam do nosso amor a Deus e ao próximo. Os quatro primeiros mandamentos estão
ligados ao nosso relacionamento com Deus e os seis últimos ao nosso
relacionamento com o próximo. Esses dez mandamentos podem ser resumidos no
grande mandamento: amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós
mesmos. Como devemos amar o nosso próximo como a nós mesmos?
Em primeiro lugar, honrando aos pais como as pessoas
mais próximas (Ex 20.12). O quinto mandamento deixa claro que o nosso
relacionamento com o próximo precisa começar dentro de nossa casa. Nossos pais
devem merecer o melhor da nossa atenção e do nosso respeito. A eles devemos
tributar obediência e honra. A desobediência aos pais é um sinal de rebeldia e
decadência. É impossível construir outros relacionamentos saudáveis se não
velamos pelo convívio saudável com os nossos pais.
Em segundo lugar, respeitando a vida do próximo (Ex
20.13). O sexto mandamento da lei de Deus é: “Não matarás”. Esta ordem de Deus
deixa claro a sacralidade da vida. Uma vez que não está em nossas mãos dar a
vida, é-nos proibido tirá-la. É Deus quem dá a vida e só ele tem autoridade
para ceifá-la. Devemos, portanto, repudiar toda forma de sacrifício da vida.
Aborto, suicídio, assassinatos e guerras são um atentado contra o próximo e uma
rebelião contra Deus. A vida é um dom de Deus e nosso papel é cuidar do nosso
próximo em vez de destruí-lo.
Em terceiro lugar, respeitando a honra do próximo (Ex
20.14). O sétimo mandamento da lei de Deus lida com a honra do próximo. Quem
ama responsavelmente não trai a seu cônjuge nem fere a honra do próximo,
possuindo o seu cônjuge. O adultério é um atentado contra a instituição do
casamento. É um terremoto na vida dos casais. É uma conspiração contra a pureza
conjugal.
Em quarto lugar, respeitando os bens do próximo (Ex
2015). O oitavo mandamento da lei de Deus proíbe-nos qualquer forma injusta,
ilícita e desonesta de apropriar-nos indebitamente do que não nos pertence.
Balança enganosa, produtos falsificados, plágio, pirataria, opressão econômica,
corrupção, favorecimentos escusos, compra de sentenças, corpo mole no trabalho,
tudo isso, constitui uma quebra deste mandamento. A integridade nos negócios é
um imperativo divino para o ser humano.
Em quinto lugar, respeitando o nome do próximo (Ex
20.16). O nono mandamento da lei de Deus deixa claro que o falso testemunho é
um pecado gravíssimo, pois seu objetivo é arruinar o nome e a reputação do
próximo, omitindo a verdade, promovendo a mentira e pervertendo a justiça.
Quando um indivíduo, por maldade ou inveja, denigre a imagem do próximo,
espalhando boataria e disseminando falsas notícias através das redes sociais,
sem averiguar a exatidão dos fatos, transgride este mandamento.
Em sexto lugar, respeitando, no coração, tudo o que
pertence ao próximo (Ex 20.17). O décimo mandamento da lei de Deus proíbe
a cobiça. Este mandamento distingue-se dos nove primeiros. É o único mandamento
subjetivo. Todos os demais podem ser aferidos pelos tribunais da terra. Este
mandamento, porém, é de foro íntimo.
Nenhum tribunal da terra, por mais conspícuo, tem
competência para julgar foro íntimo. Pois Deus julga foro íntimo. Só Deus
conhece e sonda os corações. Um indivíduo pode ter uma espiritualidade externa
irretocável como os fariseus e ainda assim ter um coração podre. Não basta
parecer ser piedoso, é preciso sê-lo.
Como só Deus conhece e requer a verdade no íntimo, ele exige
de nós uma vida sem os laivos da cobiça. Não podemos cobiçar o cônjuge do
próximo nem o que existe em sua casa. A piedade com contentamento deve ser a
marca daqueles que foram resgatados por Deus e obedecem a Deus.
Concluímos, portanto, dizendo que aquele que ama o próximo honra pai e mãe, não mata, não adultera, não furta, não diz falso testemunho nem cobiça o que lhe pertence. O amor é o cumprimento da lei!