hernandes dias lopes -26/06/2022 08:00
O futuro chegou e chegou desfraldando a bandeira do medo. O
aquecimento global era um tema que circulava apenas nos meios acadêmicos;
agora, ele é o assunto presente na imprensa, nas escolas, nas igrejas e nas
ruas.
O aquecimento global é um problema irremediável e
irreversível. Não podemos mais neutralizar seus efeitos catastróficos; podemos,
apenas, desacelerar seu avanço. As medidas para frear essa catástrofe são quase
utópicas e os custos são elevadíssimos.
O aquecimento global é fruto da irresponsabilidade dos
governantes e consequência da ganância insaciável que domina o mundo
contemporâneo. Olhamos para a natureza não como mordomos, mas como
exploradores.
Deus constituiu o homem como mordomo da natureza e não como
seu depredador. Tentamos tirar o máximo dela, sem dela cuidar. Despejamos
milhões de toneladas de dióxido de carbono no ar todos os dias. As chaminés das
grandes empresas ainda despejam sua mortífera poluição no ar, produzindo doença
na população e aquecimento do planeta.
Os nossos rios estão se transformando em feridas abertas,
que em lugar de levar a vida por onde passam, transportam os sinais da morte.
Nossas florestas são devastadas sem critério e sem fiscalização responsável.
Estamos destruindo o nosso próprio habitat. Estamos exercendo uma administração
criminosa e irresponsável, legando à futura geração um planeta doente, perigoso
e nocivo à sobrevivência.
Segundo a projeção dos especialistas, o nosso planeta deve
aquecer de três a cinco graus nos próximos quarenta anos. Isso produzirá o
derretimento das camadas de gelo dos pólos, uma elevação das águas dos oceanos,
em alguns lugares, em até quarenta centímetros e, consequentemente, uma
inundação de muitas cidades costeiras. Além disso, esse aquecimento implica em
desarranjos da natureza, desembocando em secas severas em alguns lugares e
inundações imensas e catastróficas em outras.
A vida estará em risco no planeta. O caos parece
irremediável. Esse fenômeno mundial está estreitamente ligado às profecias do
Apocalipse. O apóstolo João fala de sete selos (Apocalipse 4-7), que são a
dolorosa perseguição do mundo contra o povo de Deus.
Depois, fala das sete trombetas (Apocalipse 8- 11) que são o
juízo de Deus contra o mundo hostil. Essas trombetas são juízos de Deus que
caem sobre a terra, os rios, os mares, os astros e os homens. Essas trombetas
são juízos misturados com a misericórdia. Elas são uma espécie de urgente e
veemente chamado de Deus ao arrependimento.
O sol vai aquecer e os homens serão atormentados pelo calor.
Os rios e os mares serão portadores de morte e não de vida. A terra será
assolada e os homens atormentados. Por não se arrependerem com o sonido das
trombetas, eles sofrerão o juízo completo e final com o derramamento das taças
da ira de Deus (Apocalipse 15-16).
Precisamos ter os olhos abertos para vermos as contorções da
natureza não apenas como fenômenos naturais ou catástrofes desastrosas, mas
como trombetas de Deus chamando os homens ao arrependimento. Deus deixa o homem
colher o que semeia, mas no mesmo ato da sua disciplina, abre-lhe a porta da
graça.