hernandes dias lopes -23/01/2021 22:02
Provérbios de Salomão, filho de Davi, o rei de Israel. Para
aprender a sabedoria e o ensino; para entender as palavras de inteligência;
para obter o ensino do bom proceder, a justiça, o juízo e a equidade (Pv 1.1-3)
Salomão transcendeu a todos os reis de Israel em
conhecimento, sabedoria e riqueza. Sendo Davi, seu pai, o grande rei de Israel,
ao sucedê-lo, Salomão pediu a Deus sabedoria para governar. Recebeu não apenas
sabedoria singular, mas também riquezas incontáveis.
Salomão tornou-se um homem erudito, perito em ciência e
douto nas questões práticas da vida. Escreveu a maior parte do livro de
Provérbios, inspirado pelo Espírito Santo, para repartir com as gerações
pósteras princípios eternos de sabedoria, que devem reger nossa vida em todas
as suas áreas.
Estudar o livro de Provérbios é matricular-se na escola da
sabedoria. Mergulhar nas profundezas dessas verdades eternas é alargar a mente
para entender as palavras de inteligência. É mister destacar que conhecimento
nem sempre desemboca em sabedoria, muito embora a sabedoria sempre vem
acompanhada de conhecimento.
Sabedoria é o uso correto do conhecimento para alcançar os
melhores fins. Sabedoria é aplicar o ensino recebido para viver de forma
maiúscula e superlativa. Sabedoria é olhar para vida com os olhos de Deus.
É andar segundo o conselho de Deus, fazer sua vontade e
deleitar-se nele. A sabedoria que afasta o homem de Deus é consumada loucura,
mas, o conhecimento que anda de mãos dadas com a sabedoria, conduz o homem à
felicidade.
O Positivismo de Augusto Comte diz que o problema básico do
homem é a ignorância. O homem, porém, precisa não apenas de informação, mas,
sobretudo, de transformação.
O homem besuntado de conhecimento, mas sem generoso
procedimento, pode transformar-se num monstro. No século vinte, do topo do mais
refinado conhecimento, o homem provocou duas sangrentas guerras mundiais. Mais
de cem milhões de pessoas foram ceifadas de forma cruel.
Na contramão desse conhecimento divorciado da bondade,
Salomão fala do ensino do bom proceder que deságua na prática da justiça, no
exercício do juízo e na manifestação da equidade.
Onde reina a injustiça nos relacionamentos e a opressão nos
tribunais, aí fracassa o bom proceder. Onde o juízo é torcido, a verdade é
sonegada e o culpado é tratado como inocente ou o inocente como culpado, aí o
bom proceder cobre a cara de vergonha. Onde a equidade está ausente e o forte
tripudia sobre o fraco, o rico prevalece sobre o pobre e os desonestos ajuntam
os tesouros da impiedade, aí abrem-se largas avenidas para toda sorte de
corrupção e violência.
Precisamos não apenas de conhecimento, mas de ensino, ensino
que desemboca no bom proceder. Não basta informação, precisamos transformação.
Não é suficiente termos luz na cabeça, precisamos ter amor no coração.
Conhecimento sem bom proceder gera soberba opressora e não ação misericordiosa.
Quando nossa querida Igreja Presbiteriana do Brasil celebra
seus cento e sessenta e um anos de presença em solo brasileiro, erguemos aos
céus nosso preito de louvor e nosso tributo de gratidão a Deus, pois ao longo
desse tempo, esta igreja tem proclamado em todos os rincões da nossa pátria a
mensagem do evangelho, a mensagem que informa e transforma!