hernandes dias lopes -20/11/2022 17:02
A sociedade contemporânea vive debaixo da ditadura do
relativismo moral. Nessa cultura decante, defender valores e princípios
absolutos é assumir uma postura de radicalismo. É ser taxado de retrógrado e
intolerante. Nessa sociedade adoecida pelo pecado, as pessoas estão amando mais
a si mesmas do que ao próximo; mais as coisas materiais do que a família e mais
os prazeres do que a Deus.
Assistimos, estarrecidos, o avanço desenfreado da
iniquidade, o crescimento insopitável do mal, a escalada vertiginosa da
violência. O que vemos não é apenas a tolerância ao erro, mas uma gritante
inversão da valores. Chamam luz de trevas e trevas de luz; aplaudem o vício e
escarnecem da virtude; fazem troça da honra e elogiam a desfaçatez; favorecem o
crime e penalizam a honradez.
Nessa cultura pervertida e corrupta que destrói os
fundamentos, rejeita a verdade, escarnece da justiça, zomba da pureza e avilta
o sagrado, precisamos ter coragem e firmeza granítica para não nos capitularmos
às pressões do mal nem ficarmos de cócoras diante das seduções do mundo.
Destaco, aqui, alguns valores inegociáveis:
Em primeiro lugar, o valor da liberdade. A
liberdade é um valor inegociável. Uma nação jamais será grande, se seus
cidadãos vivem no cabresto do medo. Onde o povo tem sua voz amordaçada, seus
pensamentos patrulhados e sua opinião penalizada pelos rigores da lei, aí reina
a opressão. A liberdade é um bem tão precioso quanto a vida. Jamais devemos
defender ideologias que promovem o cerceamento da liberdade, o controle da
opinião e a supressão das liberdades.
Em segundo lugar, o valor da propriedade. Qualquer
regime político ou econômico que atenta contra o direito de propriedade,
descamba para a violência, promove a injustiça e perturba a paz. Os regimes
socialistas, em nome da justiça social, onde se estabeleceram, promoveram a
pobreza generalizada. É preciso ressaltar, ainda, que o patrimônio construído
ao longo dos anos, pelo trabalho abnegado dos pais, pertence aos seus
descendentes e não ao Estado. Os filhos não devem ser vistos como parasitas;
eles são herdeiros legítimos.
Em terceiro lugar, o valor da família. A família é
o maior patrimônio de uma nação. Não há nação forte com famílias fracas e
fragmentadas. Destruir os pilares de sustentação da família, é colapsar a
própria nação. Valorizar o casamento e o papel dos pais na educação dos filhos
é o caminho mais seguro para se construir um país forte.
Em quarto lugar, a valor da vida. A vida começa na
concepção. O embrião gestado no ventre da mãe não é uma massa humana, que pode
ser descartada, mas uma vida humana que precisa ser protegida. Não se constrói
uma nação justa com o derramamento do sangue de inocentes. De igual modo, não
se estabelece a paz onde a vida é mercadejada, escravizada e ceifada
precocemente nos antros do narcotráfico. A vida é sagrada e deve ser protegida
em todas as suas etapas.
Em quinto lugar, o valor da moralidade. A
integridade moral nas instituições públicas, na família e na igreja não deve
ser apenas uma indumentária para se tirar uma foto perfeita; deve, antes, ser o
ornamento da vida. O exemplo de integridade moral deve vir de cima e começar
com os líderes. É fato incontroverso que observamos mais nossos líderes do que
os escutamos. Eles serão mestres do bem ou promotores do mal. Serão escultores
do eterno ou alfaiates do efêmero. A Palavra de Deus diz que o pecado é o
opróbrio das nações. Sem integridade moral, a sociedade se corrompe e a nação
padece.
É tempo de resistirmos essa onda da frouxidão moral que
assola o mundo. Importa que labutemos, sem trégua, na busca de valores morais
inegociáveis, que pavimentem o caminho da ordem e do progresso da nação.