hernandes dias lopes -08/08/2021 07:27
O divórcio está na moda. A sociedade moderna tem sacudido de
si o jugo das Escrituras para viver o permissivismo de uma cultura humanista.
Muitos casais com a esperança morta, com os sonhos sepultados, feridos pela
infidelidade, secos pela ausência do amor buscam a fuga do casamento no
divórcio.
Mas, será que o divórcio é a solução? Ele é uma saída
legítima e sancionada por Deus para aqueles que não querem mais viver debaixo
da aliança do casamento?
Quando os fariseus tentaram experimentar Jesus,
perguntando-lhe se era lícito ao marido repudiar sua mulher por qualquer motivo
(Mt 19.3), Jesus levou-os de volta para as Escrituras (Mt 19.4-6). Antes de
discutir sobre divórcio, devemos debruçar-nos sobre o que a Bíblia ensina sobre
casamento.
Para Deus o casamento é heterosexual, monogâmico,
monossomático e indissolúvel. Jesus afirmou que nenhum homem (advogado, juiz,
pastor, sacerdote) tem autoridade para separar o que Deus uniu. O casamento é
uma instituição divina e universal. Mesmo que os cônjuges não tenham consultado
a Deus para se casar, quando a aliança é feita, quando o casamento é realizado,
Deus ratifica aquela aliança. Por isso, o divórcio é condenado por Deus em todo
o tempo, em toda cultura, na vida de todas as pessoas.
Deus odeia o divórcio (Ml 2.16). Quando os fariseus
retrucaram, perguntando a Jesus porque Moisés, então, mandou dar carta de
divórcio, Jesus como sumo intérprete das Escrituras, declarou peremptoriamente
que Moisés nunca mandou divorciar. Mas, por causa da dureza de coração, ele
permitiu.
Entretanto, não foi assim desde o princípio (Mt 19.7-8).
Jesus está deixando claro que o divórcio nunca foi ordenança nem propósito de
Deus. Só aqueles que endurecem o coração e recusam-se a obedecer a Palavra de
Deus e a exercitar o perdão partem para esse expediente inglório.
Jesus deixa claro que as relações sexuais ilícitas, a
infidelidade conjugal, é a razão que pode justificar o divórcio e um novo
casamento (Mt 19.9). O apóstolo Paulo, escrevendo aos coríntios, aponta a outra
cláusula exceptiva para o divórcio, que é o abandono irremediável (I Co 7.15).
O cônjuge traído e abandonado é quem pode divorciar-se e
contrair novo casamento e não o cônjuge infiel e trânsfuga. Fora deste padrão
escriturístico, divórcio e novo casamento constitui-se em adultério, visto que
aos olhos do Senhor o primeiro casamento não foi ainda desfeito, mesmo que o
juiz já tenha assinado a carta de divórcio. Nenhuma autoridade na terra tem
competência para desfazer o que Deus uniu.
Deus não faz concessão, ele não diminui a exigência dos seus
preceitos para atender aos reclamos de uma sociedade permissiva (Mt 19.10,11).
O divórcio fora da permissão da Palavra, mesmo que sancionada pela lei dos
homens e aprovada pela opinião popular é pecado diante de Deus (Mc 10.11-12), é
prisão e não liberdade. Não podemos nos conformar com o que o mundo aprova.
Para nós, povo remido pelo Senhor, a Bíblia precisa ser
sempre, nosso único referencial, nossa única regra de fé e prática. É tempo de
tocarmos a trombeta em Sião! É hora de ouvirmos a voz de Deus e avisarmos
àqueles que querem sair pela porta dos fundos do divórcio, que essa porta vai
desembocar numa prisão tormentosa e não num horizonte espaço de liberdade.