hernandes dias lopes -20/02/2021 22:19
A Palavra de Deus não está sujeita a atualizações. Ela é
inspirada, inerrante, infalível e suficiente. Não é a cultura que a julga, mas
a cultura está sob seu escrutínio. A sociedade humana muda, os valores humanos
se alteram, mas a Palavra de Deus continua a mesma. A Escritura não pode
falhar. Ela é eterna.
Em Colossenses 3.18-21, o apóstolo Paulo normatiza as
relações familiares. Esses princípios valeram no passado, são vigentes no
presente e serão normativos no futuro. Vejamos:
Em primeiro lugar, as
esposas devem ser submissas ao próprio marido, como convém no Senhor (Cl
3.18). A mulher e o homem são iguais em valor e dignidade diante de Deus. O
próprio Deus os criou à sua imagem e semelhança (Gn 1.26,27).
A mulher e o homem, semelhantemente, são salvos pela graça,
de igual forma. Em Cristo não há homem nem mulher. Ambos são um em Cristo (Gl
3.28). A submissão não é de gênero. A mulher não é submissa ao homem. A
submissão é estabelecida por Deus dentro da estrutura do casamento.
A esposa deve ser submissa a seu próprio marido. O fato de
Deus ter constituído o homem como cabeça da mulher, não faz dele uma pessoa
superior, pois também Deus é o cabeça de Cristo e tanto o Pai como o Filho são
da mesma substância, coiguais, coeternos e consubstanciais (1Co 11.3).
A submissão não é inferioridade. Por ser submissa a seu
marido a mulher não fica privada de ter vez e voz. Ela não é submissa a um
carrasco, mas ao marido que a ama como Cristo amou a igreja. Esse padrão divino
não mudou nem mudará, ainda que os homens, insolentemente, alardeiem sua
rebelião contra a imutabilidade das Escrituras.
Vale ainda destacar que nenhuma mulher é feliz mandando no
marido nem um marido é feliz sem mandado pela mulher. A felicidade não está em
insurgir-se contra o padrão de Deus, mas em obedecê-lo.
Em segundo lugar, os
maridos devem amar sua esposa e não a tratar com amargura (Cl 3.19). Se a
esposa é concitada a imitar a igreja, o marido é chamado a imitar a Cristo. O
marido é ordenado a amar sua esposa com amor perseverante, sacrificial,
santificador e romântico. Sua comunicação com ela não pode ser rude. Ela deve
ser tratada como uma princesa e ser amavelmente cuidada como um vaso mais
frágil.
O marido não tem permissão para oprimir a esposa, mas deve
dar sua vida por ela. Suas palavras, ações e reações precisam honrar a esposa e
não amargurar sua alma. Nenhuma mulher tem dificuldade de sujeitar-se a um
marido que a ama como Cristo amou a igreja.
O padrão de liderança do marido não é o padrão do mundo. Ele
deve ser um líder servo. Cristo não veio ao mundo para ser servido, mas para
servir. No reino de Deus a pirâmide está invertida. Maior é o que serve. A
liderança do marido, portanto, não deve ser imposta, mas adquirida pelo seu
santo procedimento.
Em terceiro
lugar, os filhos devem obedecer a seus pais, pois isso é grato ao
Senhor (Cl 3.20). Quando os pais vivem dentro do padrão de Deus, tornam-se
aptos a ensinar seus filhos pelo preceito e pelo exemplo.
Os filhos criados na disciplina e na admoestação do Senhor
não vivem amargurados nem desanimados. Os filhos não devem ser rebeldes, mas
obedecer aos pais e sujeitar-se a eles, pois isso é agradável aos olhos de
Deus. A desobediência aos pais é a marca de uma sociedade decadente. Famílias saudáveis
criam filhos saudáveis e uma família feliz e harmoniosa é a base de uma igreja
viva e de uma nação forte.
Em quarto lugar, os
pais não devem irritar seus filhos, para que eles não fiquem desanimados (Cl
3.21). Os pais são como um espelho para seus filhos. O espelho para ser útil
precisa ser limpo, plano e iluminado.
Os pais devem ser consistentes com os filhos. Não podem
falar uma coisa e viver outra. Os filhos nos veem e nos observam mais do que
nos escutam. Eles aprendem mais pelo exemplo do que pelas palavras. Há pais que
humilham os filhos. Há outros que comparam os filhos. Há aqueles que não têm
tempo para os filhos. Tudo isso irrita os filhos e eles ficam desanimados.
É tempo de os pais terem o coração convertido aos filhos
para que os filhos tenham o coração convertido aos pais. É tempo de nos
voltarmos para os preceitos divinos, exarados em sua Palavra, pois a Escritura
permanece sendo nossa única regra de fé e prática.