estilo adoração -05/04/2020 23:28
Quem viver verá...
A Bíblia fala de doenças, pestes, epidemias e pandemias
basicamente como coisas que resultam da maldição do pecado. Isso significa que
em última análise a raiz das doenças que acometem os homens é sua doença
espiritual.
Quando Deus criou o mundo, a Bíblia diz que Ele viu que tudo
era muito bom (Gênesis 1). Isso quer dizer que as doenças não faziam parte da
criação original. Mas quando o homem transgrediu a vontade de Deus, a justiça
divina – que é perfeita e santa – exigiu a punição pela desobediência. Essa
desobediência trouxe terríveis consequências não só ao homem, mas a toda
criação (Romanos 8:22). Debaixo da maldição divina, a criação se tornou
disfuncional. As doenças, e consequentemente a morte física, resultam desse
desequilíbrio.
Então sejam doenças crônicas ou agudas, sejam pequenos
surtos ou grandes pandemias de doenças infectocontagiosas, no fim todas elas
apontam para a realidade do pecado do homem.
Finalidades e causas
das doenças de acordo com a Bíblia
Partindo do princípio de que a causa básica da existência
das doenças é o pecado, ou seja, as doenças são consequências da maldição que
recaiu sobre a criação por causa da desobediência do homem, a Bíblia aprofunda
um pouco mais essa questão e mostra alguns motivos mais específicos para s
doenças.
Muitas doenças são causadas por pura falta de cuidados das
pessoas com relação à saúde. Mas a Bíblia diz que algumas vezes é possível que
a causa de uma doença seja um pecado individual. Nesse sentido, a doença pode
ser tanta uma conseqüência direta desse pecado, como um castigo por esse
pecado. Uma pessoa pode contrair uma doença grave devido ao seu estilo de vida
pecaminoso; ou pode sofrer com uma doença dolorosa como punição por seu pecado
recorrente. Certa vez Jesus curou um doente e lhe disse: “Eis que já estás
são. Não peques mais, para que não te suceda alguma coisa pior” (João
5:14).
Mas é importante enfatizar que nem todas as doenças decorrem
de um pecado individual. Os judeus tinham muita facilidade em relacionar todo
tipo de doença ao pecado individual de uma pessoa. Mas o Senhor Jesus deixou
claro que nem sempre esse é o caso (João 9:3).
A Bíblia também mostra que existe a possibilidade de uma
enfermidade estar associada à ação de espíritos malignos. Durante seu
ministério terreno, o Senhor Jesus libertou e curou pessoas que viviam nessa
situação (ex. Mateus 12:22; Lucas 13:11).
Por fim, não raramente as doenças podem ter um propósito
pedagógico. Em Sua providência, Deus pode usar as doenças para desenvolver a fé
e aperfeiçoar o caráter de Seus filhos. Nesse sentido, as doenças servem de
bênção e não de maldição para o crente – ainda que ele não entenda como isso
pode ser possível.
O piedoso
Jó é um dos exemplos mais claros na Bíblia de alguém que foi afligido
por uma doença que tinha um propósito pedagógico. Também se entendermos que
o espinho na carne de Paulo era uma doença física – como
a expressão grega original parece favorecer –, então temos outro exemplo muito
conhecido de como Deus usa uma doença para provar e ensinar alguém (2 Coríntios
2:7).
As pestes, epidemias
e pandemias
Dentro do grupo das doenças, há aquelas que são
infectocontagiosas e acabam sendo um grande problema para a humanidade,
independentemente de sua época. Essas pestilências, epidemias ou pandemias que
assolam o mundo também estão relacionadas à maldição pelo pecado do homem.
Mas é interessante notar a forma especifica com que a Bíblia
fala desses quadros de pandemias. Em seu sermão escatológico, o Senhor Jesus
anunciou que a presente Era seria marcada por “fomes e pestes” (Lucas
21:11). Perceba que Jesus
Cristo claramente está se referindo a grandes epidemias e pandemias
que castigariam a humanidade, pois Ele conecta diretamente a fome e a peste.
Uma epidemia ou pandemia importante sempre traz fome, pois ela abala a economia
de cidades e nações.
Jesus fala dessas epidemias como sinais do fim dos tempos. Isso não quer dizer que essas
pestes significam que o fim do mundo chegou, mas que elas servem de lembretes
de que o fim se aproxima.
Isso também significa que ao mesmo tempo em que as pestes e
pandemias servem como instrumentos do juízo de Deus sobre o mundo iníquo, elas
também proclamam a necessidade do arrependimento. Essas pandemias são juízos
misturados com misericórdia; ira misturada com graça. A humanidade sofre com as
calamidades, mas não é exterminada por elas. Deus dá ao homem a oportunidade de
reconhecer a sua miséria e se arrepender do seu mau caminho.
Por isso que essas pestes, epidemias e pandemias se
enquadram na simbologia das trombetas que o apóstolo João usou
no livro do Apocalipse. Como trombetas, esses sinais anunciam
a ira de Deus, mas também anunciam que ainda há tempo de arrependimento. Porém,
quando de fato o fim chegar, não haverá mais avisos e nem oportunidades. Os
juízos representados pelas trombetas se intensificarão até que darão lugar
às taças da ira de Deus, pura e sem mistura.