hernandes dias lopes -11/04/2021 22:51
Bem-aventurado o que acode ao necessitado; o Senhor o livra no dia do mal. O Senhor o protege, preserva-lhe a vida e o faz feliz na terra; não o entrega à discrição dos seus inimigos. O Senhor o assiste no leito da enfermidade; na doença, tu lhe afofas a cama” (Sl 41.1-3).
O Brasil e o mundo vivem tempos de grande sofrimento e dor.
Uma pandemia devastadora assola a terra. Milhões de pessoas já foram ceifadas e
tantas outras ainda serão. Essa tempestade que desabou sobre nós, traz em sua
esteira não só uma grave crise de saúde pública, mas também, uma profunda
recessão econômica. Empresas faliram, comerciantes encerram suas atividades.
Empregados foram despedidos. O país ficou mais endividado e os seus cidadãos
mais pobres. Os necessitados de toda ordem se avolumaram. Nesse cenário tão
cinzento, o texto supra mencionado é de uma relevância sem igual. Destacaremos
aqui dois pontos:
Em primeiro lugar, acudir ao necessitado é uma alegria
maior do que ser acudido (Sl 41.1a). Em virtude do empobrecimento de
milhões de pessoas precisamos cultivar a generosidade, distribuindo parte do
que temos, com quem pouco ou nada tem. Seria até mesmo um gesto de crueldade
reter com usura aquilo que devemos repartir com misericórdia. A felicidade de
dar é maior do que a alegria de receber. A Escritura diz: “A quem dá
liberalmente, ainda se lhe acrescenta mais e mais; ao que retém mais do que é
justo, ser-lhe-á em pura perda” (Pv 11.24). Vale a pena relembrar as palavras
do missionário Jim Elliot: “Não é tolo aquele que dá o que não pode reter, para
ganhar o que não pode perder”.
Em segundo lugar, acudir ao necessitado traz bênçãos
memoráveis aos generosos (41.1b-3). Cinco bênçãos são prometidas aos
generosos:
Primeira, O
Senhor o livra no dia do mal (Sl 41.1b). Vivemos num mundo marcado
pelo sofrimento. Aqui ainda não é o céu. Aqui há guerras e terremotos. Aqui há
rebeldia contra Deus e violência contra os homens. Aqui há doenças e mortes.
Porém, muitos males, como tempestades devastadoras, que estavam endereças a nos
atingir, são desviadas de nós, pelo fato de sermos generosos com os aflitos e
solícitos com os necessitados.
Segunda, O
Senhor o protege e preserva-lhe a vida (Sl 41.2a). Quando protegemos
o necessitado para salvar-lhe a vida, Deus vem ao nosso encontro para
proteger-nos e preservar nossa vida. O bem que fazemos aos outros, receberemos
isso outra vez do Senhor (Ef 6.8). A Escritura diz: “A alma generosa
prosperará, e quem dá a beber será dessedentado” (Pv 11.25).
Terceira, O
Senhor o faz feliz na terra (Sl 41.2b). O homem mais feliz não é aquele
que mais retém com ganância, mas aquele que mais reparte com amor. As riquezas
acumuladas, com avareza, em dias de calamidade, são cobertas de ferrugem. Elas
serão o combustível para a destruição daqueles que a retêm. Deus faz feliz na
terra não o rico avarento, mas o compassivo que acode o necessitado. São os que
abrem o coração e o bolso para socorrer os necessitados é que são felizes na
terra.
Quarta, O
Senhor o protege das línguas levianas dos inimigos (Sl 41.2c). Os inimigos
carregam uma espada entre os dentes. São línguas que cortam mais fundo do que
uma faca afiada. A boca dos perversos destrói como fogo. Como serpentes
venenosas, carregam a morte em suas presas. Quando o homem, que foi alvo da misericórdia
divina, acode o seu próximo, assistindo-o em suas necessidades, Deus o protege
das línguas levianos dos inimigos. Oh, quão doces são os frutos da
generosidade! Oh, quão feliz é o homem que minora a dor do próximo! Deus o faz
feliz e afasta dele os infelizes.
Quinto, O
Senhor promete-lhe conforto e cura na enfermidade (Sl 41.3). O Senhor
promete-lhe não apenas assistência e conforto na doença, mas também cura da
enfermidade. A cama não se torna mais uma prisão de dor, mas um paraíso de
descanso.
Você tem acudido aos necessitados?