hernandes dias lopes -09/04/2023 09:39
A Páscoa judaica cumpriu-se em Cristo. No Cenáculo, Jesus
instituiu a Ceia, monumento de sua primeira vinda e promessa de sua segunda
vinda. Agora, não imolamos mais cordeiros, pois Jesus é o Cordeiro de Deus que
tira o pecado do mundo.
Ele é o nosso Cordeiro Pascal. Ele é o Sacerdote e o
sacrifício, o ofertante e a oferta. Ele morreu pelos nossos pecados,
ressuscitou para nossa justificação e voltará para a nossa glorificação.
Vejamos essas três verdades magnas do cristianismo.
Em primeiro lugar, Jesus morreu pelos nossos
pecados. A morte de Jesus não foi um acidente. Ele não morreu porque
sucumbiu ao poder de Roma nem porque foi uma vítima indefesa das tramas do
sinédrio judaico. Jesus não morreu porque Judas o traiu por ganância, ou porque
o sinédrio o sentenciou por inveja, ou porque Pilatos o condenou por covardia
ou porque os soldados o pregaram no madeiro por crueldade. Ele morreu porque o
Pai o entregou por amor.
Ele morreu porque voluntariamente se entregou pela sua
igreja. Ele morreu pelos nossos pecados. Sua morte foi vicária. Ele morreu em
nosso lugar, como nosso fiador e substituto. Ele carregou sobre o seu corpo, no
madeiro, os nossos pecados. Deus lançou sobre ele a iniquidade de todos nós.
Agradou ao Pai moê-lo na cruz. Ele foi feito pecado por nós. Sendo ele bendito eternamente,
foi feito maldição. Ele bebeu, sozinho, o cálice amargo da ira de Deus que
deveria cair sobre nossa cabeça.
Ele sofreu o golpe da lei que deveríamos suportar. Ele
cumpriu a lei por nós e satisfez todas as demandas da justiça de Deus. Na sua
morte, ele triunfou sobre os principados e potestades. Ele desbaratou, na cruz,
o diabo e seus demônios e rasgou o escrito de dívida que era contra nós. Ele
pagou a nossa dívida. Em seu sangue somos justificados. Por sua morte, fomos
reconciliados com Deus. Ele fez a paz pelo seu sangue da sua cruz. Sua morte
nos libertou e pela sua morte temos livre acesso ao trono da graça.
Em segundo lugar, Jesus ressuscitou para nossa
justificação. Jesus entrou nas entranhas da morte, arrancou o aguilhão da
morte, matou a morte e ressurgiu vitoriosamente, inaugurando a imortalidade. A
morte foi vencida. Por isso, as melhores notícias vêm a nós da tumba vazia de
Jesus.
Ele ressuscitou como primícias de todos os que dormem. A
morte já não tem mais a última palavra. A sepultura não é o nosso último
endereço. A ressurreição de Jesus é o selo de sua vitória sobre a morte. É o
estandarte da nossa viva esperança. Porque ele ressuscitou, nossa fé não é vã
nem nossa pregação um grito ensandecido. Porque ele ressuscitou, nossa
esperança não é uma fantasia nem nosso futuro é desolador.
Porque ele vive, podemos crer no amanhã. Porque ele vive,
temor não há. Porque ele ressuscitou teremos, também, um corpo imortal,
incorruptível, poderoso, glorioso, espiritual, celestial, semelhante ao corpo
de sua glória. Porque Jesus ressuscitou podemos encarar a morte e dizê-la:
“Onde está ó morte a tua vitória; onde está ó morte o teu aguilhão”. Porque
Jesus ressuscitou, podemos gritar para dentro dos sepulcros: “Tragada foi a
morte pela vitória”.
Em terceiro lugar, Jesus voltará para a nossa
glorificação. Jesus morreu, ressuscitou, voltou ao céu, está à destra de
Deus Pai e voltará pessoalmente, visivelmente, audivelmente, repentinamente,
inesperadamente, inescapavelmente, gloriosamente, vitoriosamente para colocar
todos os seus inimigos debaixo de seus pés. Voltará para julgar as nações.
Voltará para lançar no lago do fogo o anticristo, o falso profeta, o diabo, a
morte e todos aqueles cujos nomes não estão escritos no livro da vida. Voltará
para arrebatar sua igreja. Voltará para conduzir sua noiva à Casa do Pai, ao
paraíso, à nova Jerusalém. Voltará para reinar com sua igreja pelos séculos sem
fim.
Que esta mensagem gloriosa inunde nosso coração de sincera
gratidão e profunda devoção.