Agentes apreendem maconha sintética na Penitencia “Nestor Canoa”: fiscalização aumenta

divulgação sap -02/10/2020 18:53

Nesta quinta-feira, 1, agentes de segurança apreenderam um envelope de papel contendo cartas manuscritas que foram enviadas pela esposa de um sentenciado, que cumpre pena na Penitenciária “Nestor Canoa” de Mirandópolis I.

A carta possuía informações anônimas, que indicava que nos próximos dias seriam encaminhados entorpecentes conhecido como K4 em cartas e documentos impressos para o referido sentenciado.

Durante análise do material foi constatado que uma das folhas apresentava uma coloração diferente das demais, como se tivesse passado por um processo de umidificação.  

Além disso, outro ponto que causou estranheza foi o fato de a visitante residir em uma cidade e a correspondência ser postada em Mirandópolis. O recluso foi removido para o pavilhão disciplinar e o material foi apreendido e encaminhado à autoridade policial da cidade para realização de exame químico e toxicológico.

Fiscalização aumenta e apreensão de maconha sintética sobe 400% em presídios da região entre 2019 e 2020

 Conhecida como k4, nova droga é mais fácil de ocultar em objetos encaminhados por correspondências

Levantamento da Secretaria da Administração Penitenciária aponta que, no comparativo entre janeiro a julho/2019 e janeiro a julho/2020, houve um aumento no número de apreensões da droga K4 em correspondências e na área externa de presídios em todo o estado de São Paulo. 

Na região de Araçatuba o aumento foi de 408,3%, saltando de 12 para 49 ocorrências no período, ou seja, mais que quadruplicou. Considerando os números de todo o estado de São Paulo, houve crescimento de 488,83%, com 472 ocorrências em 2020, ante 86 no mesmo período do ano passado.

A K4, popularmente conhecida como maconha sintética, é formada por substâncias que simulam ou têm uma reação muito parecida com o THC que é o princípio ativo da maconha, porém muito mais potente. Na forma líquida, ela é borrifada em pedaços de papel na tentativa de burlar a vigilância dos agentes.

A política da SAP é de não tolerância à entrada de ilícitos, inclusive entorpecentes, em suas unidades prisionais. Todos os Centros de Detenção Provisória, penitenciárias e Centros de Progressão Penitenciária do Estado contam com escâner corporal.

Todas as unidades prisionais do Estado também estão equipadas com aparelhos de Raio-X de menor e maior porte, além de detectores de metais de alta sensibilidade. Esses equipamentos ajudam a coibir a entrada de equipamentos e drogas, atrelados a uma vigilância constante dos agentes de segurança, treinados para evitar a entrada de ilícitos nas unidades, além de revistas periódicas nas dependências dos presídios.