r7 -08/10/2021 13:52
Um ataque suicida atingiu uma mesquita na província de
Kunduz, no nordeste do Afeganistão, nesta sexta-feira (8) e deixou mais de 100
mortos e feridos, de acordo com uma agência da ONU.
Imagens de vídeo mostraram corpos rodeados por destroços
dentro da mesquita que é usada por pessoas da comunidade muçulmana xiita, que é
minoritária.
"As informações iniciais indicam que mais de 100
pessoas morreram e ficaram feridas em uma explosão suicida dentro da
mesquita", disse a missão das Nações Unidas no Afeganistão em um tweet.
Nenhum grupo assumiu imediatamente a responsabilidade.
A explosão ocorreu após vários ataques, incluindo um em uma mesquita em Cabul, nas últimas semanas, alguns dos quais
foram reivindicados por militantes muçulmanos sunitas do Estado Islâmico.
Uma autoridade do Talibã que falou sob a condição de
anonimato disse que pelo menos 28 pessoas foram mortas e dezenas de outras
ficaram feridas na explosão desta sexta-feira.
Os ataques enfatizaram os desafios de segurança para o
Talibã, que assumiu o controle do país em agosto e desde então realizou operações contra células do Estado Islâmico em Cabul.
"Esta tarde, uma explosão ocorreu em uma mesquita de
nossos compatriotas xiitas... como resultado, vários de nossos compatriotas
foram martirizados e feridos", disse o porta-voz do grupo extremista,
Zabihullah Mujahid, no Twitter.
Crise no Afeganistão
Desde a tomada do poder no Afeganistão pelo Talibã, em 15 de
agosto, a população do país está em constante ameaça de um ataque terrorista
por grupos rivais aos extremistas afegãos.
Às vésperas do fim do prazo da retirada das tropas
estrangeiras, no dia 26 de agosto, um homem-bomba fez um ataque na região do
aeroporto de Cabul matando mais de 70 pessoas, incluindo 12 militares
norte-americano, e deixando mais de 140 feridos. A ação foi reivindicada pelo
Estado Islâmico, que atua naquela região e é considerado inimigo do
Talibã.
No último domingo (3), uma outra explosão em uma mesquita na
região central de Cabul deixou cinco mortos e feridos. O ataque também foi
planejado pelo Estado Islâmico e gerou uma reação dos talibãs que, segundo o
grupo afegão, desmantelou uma célula do EI na capital do país.