r7 -20/11/2022 16:54
As estradas do país seguem com 19 interdições parciais
e 11 bloqueios totais neste domingo (20). São caminhoneiros e outros
manifestantes que não aceitaram o resultado da eleição presidencial, que foi
divulgado há 21 dias.
De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), foram
desfeitas 1.227 manifestações até a manhã de hoje. No início da manhã, segundo
a PRF, eram 32 manifestações: 22 interdições e 10 bloqueios.
Os 11 bloqueios totais relatados pela PRF são em Mato
Grosso, nas cidades de Sorriso (3), Lucas do Rio Verde (2), Matupá, Campo
Novo do Parecis, Campos de Júlio, Nova Mutum, Água Boa e Sinop. Em Dourados
(MT), manifestantes queimaram pneus na sexta-feira (18) e um carro que tentou
atravessar o bloqueio pegou fogo. No mesmo dia, duas rodovias federais no
Entorno do Distrito Federal tiveram manifestações. Protestos foram registrados
em Cristalina (GO) e Formosa (GO), mas não houve bloqueios ou interdições.
Na última
quinta-feira (17), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal
(STF), determinou o bloqueio das contas bancárias de 43 empresários suspeitos
de financiar atos contra o resultado da eleição presidencial. A determinação
mira uma lista de empresários apontados pela Polícia Federal (PF) e pela
Polícia Rodoviária Federal (PRF) como envolvidos nos atos contra o resultado
registrado no último dia 30 de outubro.
A decisão de Moraes, do último sábado (12), à qual o R7 teve
acesso, determina ainda que a Polícia Federal colha depoimentos de todas as
pessoas físicas e dos representantes legais das empresas em até dez dias,
podendo, inclusive, realizar diligências caso seja necessário.
Em 3 de novembro, três dias após o início dos bloqueios das
rodovias, Moraes determinou que a Polícia Federal enviasse ao STF a
identificação dos líderes dos movimentos que interditavam estradas e dos
proprietários dos caminhões utilizados para obstruir as vias.
A decisão do magistrado atendeu a um pedido da Confederação
Nacional dos Transportes (CNT), que solicitou ainda a apreensão dos caminhões
e, "na hipótese de identificação de pessoas jurídicas na execução desses
atos, que se determine a interdição e lacração de suas garagens".
Além dos protestos nas rodovias, vários grupos que defendem
o presidente Jair Bolsonaro (PL) estão concentrados em frente a quartéis das
Forças Armadas em diversos estados.