r7 -25/05/2021 09:50
A ministra italiana do Interior, Luciana Lamorgese,
expressou nesta terça-feira (25) satisfação com a detenção no Brasil de um dos
chefes da máfia calabresa, Rocco Morabito, o segundo criminoso mais procurado
do país.
"É uma conquista extraordinária, que demonstra a
capacidade da magistratura e dos organismos responsáveis pela aplicação da lei
para combater de maneira eficaz o crime organizado e suas ramificações
internacionais", afirma a ministra em um comunicado.
"É um duro golpe para a 'Ndrangheta (ndr: máfia
calabresa). A luta contra as máfias e a ilegalidade é uma prioridade",
declarou o ministro da Defesa, Lorenzo Guerini.
Morabito, de 54 anos, era o segundo mafioso italiano mais
procurado, atrás apenas do chefe da Cosa Nostra, Matteo Messina Denaro. O líder
da 'Ndrangheta foi detido na segunda-feira (24) na cidade de João Pessoa, na
Paraíba, resultado de "uma investigação conjunta entre Brasil e
Itália", informou a Polícia Federal.
Conhecido como "rei da cocaína" por suas relações
com grupos criminosos da América do Sul, Morabito era procurado desde 1995 pela
Justiça italiana, que o acusa de associação criminosa e tráfico de drogas.
Condenado à revelia a 28 anos de prisão, uma sentença que
depois foi ampliada para 30 anos, ele foi detido ao lado de outro membro da
'Ndrangheta, Vincenzo Pasquino, natural de Turim, também incluído na lista de
criminosos mais procurados.
Morabito foi detido em 2017 em um hotel de Montevidéu,
capital do Uruguai, depois de morar por 13 anos com uma identidade falsa no
balneário de Punta del Este.
A Justiça uruguaia aprovou sua extradição para a Itália em
2018. Em junho de 2019, porém, Morabito protagonizou uma notória fuga pelo
telhado da Prisão Central de Montevidéu ao lado de outros três estrangeiros.
Estava foragido desde então.