hoje mais -12/01/2020 14:00
Um pecuarista de 23 anos, morador
na Vila Estádio, em Araçatuba (SP), foi identificado como sendo o autor do
atropelamento que resultou na morte do sushiman andradinense Fernando Ikeda
Piona, 45, na madrugada de sábado (11).
Segundo a polícia, ele conduzia
uma Range Rover Evoque, encontrada estacionada na frente da casa dele. Apesar
de ter sido identificado, o investigado não foi localizado. O advogado da
família informou que ele deverá se apresentar à polícia nos próximos dias.
Atropelamento
De acordo com o boletim de
ocorrência, o atropelamento aconteceu pouco depois das 5h, em frente ao
cemitério da Saudade.
A vítima conduzia uma motoneta
Honda PCX que foi atingida na traseira na via sentido à avenida Joaquim Pompeu
de Toledo.
No local, os policiais
encontraram Piona caído no asfalto, próximo da motoneta. Equipe do Samu
(Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foi chamada, confirmou a morte e o
corpo foi encaminhado ao IML (Instituto Médico Legal) para exame necroscópico.
Localização
Assim que foi concluída a perícia
no local, os policiais militares iniciaram patrulhamento. Já no início da
noite, uma equipe foi abordada por uma pessoa que informou a placa do veículo que
teria atropelado o sushiman.
Os policiais conseguiram
identificar o endereço onde a Evoque estava registrada, a encontraram no local,
tocaram a campainha da casa e foram atendidos por uma mulher. Ela pediu para
aguardar a chegada do advogado da família, Jaime Monsalvarga.
Medo
Informado da denúncia, o advogado
autorizou o recolhimento da Range Rover para perícia.
De acordo com ele, o pecuarista
disse que após atropelar Piona, parou para prestar socorro à vítima,
entretanto, apesar do horário, vários motociclistas teriam parado e passado a
ofendê-lo.
Por medo de ser agredido, o
investigado teria deixado o local, ainda segundo o advogado.
Crime
O boletim de ocorrência do
atropelamento foi registrado como homicídio culposo na direção de veículo e
fuga de local de acidente.
Porém, o Hojemais
Araçatuba apurou que um inquérito será instaurado e a polícia pode
considerar que o condutor da Evoque assumiu o risco de matar.
Dessa forma, ele poderá ser
indiciado por homicídio doloso, como no caso do empresário Luciano Justo, de
Birigui, envolvido em outra morte em Araçatuba conduzindo um Ford Mustang, em
2016.
Nesse caso, a sentença foi
proferida em novembro e a Justiça entendeu que o réu agiu com imprudência,
condenando-a 3 anos de detenção em regime aberto pelo crime de homicídio
culposo. O Ministério Público recorreu.