r7 -15/01/2022 19:08
Os violentos protestos da semana passada no Cazaquistão, que
se iniciaram com atos pacíficos contra o aumento do preço da conta de luz,
resultaram em 225 mortos, informou no sábado (15) a promotoria, com base nos
relatórios que aumentaram drasticamente o número de vítimas.
"Durante o estado de emergência, 225 corpos foram
recebidos pelos necrotérios, 19 deles de membros das forças de segurança ou
militares", afirmou Serik Shalabaev, representante da Procuradoria-geral
do país, durante uma coletiva de imprensa.
Outros eram "bandidos armados que participaram de ataques terroristas", acrescentou. "Infelizmente,
os civis também se tornaram vítimas de atos terroristas".
O Cazaquistão já havia reconhecido menos de 50 mortes: 26
"criminosos armados" e 18 agentes de segurança no conflito que
destacou discussões internas na alta cúpula do governo.
Uma contagem mais alta de 164 mortes — que apareceu em um
canal oficial do Telegram na semana passada — foi rapidamente retirada. Asel
Artakshinova, porta-voz do Ministério da Saúde, disse que mais de 2.600 pessoas
foram a hospitais para tratamento e que 67 estão em estado grave.
As autoridades cazaques atribuíram a violência a bandidos e
"terroristas" internacionais que, segundo eles, controlam os
protestos, cujo epicentro se mudou do oeste para a maior cidade do país,
Almaty.
Tropas da Organização do Tratado de Segurança Coletiva,
liderada por Moscou, ajudaram a conter a violência no país da Ásia Central,
iniciaram uma retirada gradual na quinta-feira.