Perseguição da FAB a avião suspeito provoca incêndios em canaviais da região

Redação -03/07/2022 17:51

Continua um mistério a perseguição e o abate de uma aeronave suspeita pela FAB (Força Aérea Brasileira), na tarde deste domingo 3/7, na região oeste paulista. Uma mídia informou que a Comae (Comando de Operações Aeroespaciais), em Brasília, deve divulgar nota oficial a respeito ainda hoje.

Um A-29 Super Tucano teria sido o responsável pela interceptação, que aconteceu a partir da Base Aérea de Campo Grande, em atividade do Esquadrão Flecha. O Portal AEROFLAP confirmou junto de fontes da Força Aérea Brasileira que o abate realmente ocorreu. Mas segundo consta, extraoficialmente, na região de Jales.


Testemunhas afirmaram que o piloto do avião bimotor não respondeu aos comandos dos militares da FAB para pousar e a decisão foi pelo abate da aeronave, visto que se tratava de um voo clandestino e que pode colocar em risco o espaço aéreo.

Outros dois aviões também participaram da operação e foram vistos voando junto ao A-29 responsável pelo abate, de acordo com fontes. Até o momento a FAB não lançou uma nota oficial sobre o caso. O órgão ainda está apurando as informações.


CAÇA GERA INCÊNDIOS

A perseguição foi vista por várias pessoas e até registrada em curto vídeo quando atingiu a divisa de Andradina e Nova Independência, assim que as aeronaves cruzaram a fronteiras entre os estados de MS e SP.

Saraivadas de tiros que aparentemente não atingiram o avião suspeito, provocaram incêndios em canaviais nos municípios de Paulicéia e Nova Independência, pelo que se tem conhecimento até agora.


O fogo mobilizou brigadas de incêndio de usinas, bombeiros, policiais militares da infantaria e ambientais, contendo as chamas que afetaram boa parte de canaviais, áreas de APP – Áreas de Preservação Permanente e quase chegaram a propriedades particulares.

Os policiais se concentraram as buscas na aeronave possivelmente abatida, mas ela não ocorreu em nenhuma cidade da região. O que realmente aconteceu foram as lavouras atingidas por tiros disparados pelos militares da FAB.


TESTEMUNHA OCULAR

“Estava num pesque pague, visualizei os dois aviões, o da FAB sobre o outro suspeito em baixa altitude e comentei com a esposa que algo estava errado. Em seguida vimos um intenso incêndio e instantes depois fui informado da queda de uma aeronave. Corri para registrar o incidente, mas só havia mesmo o incêndio”, narrou o repórter do Impacto.

O profissional se deslocou até Guaraçai e Murutinga do Sul, a partir de informações de que a aeronave abatida teria caído numa dessas duas cidades, porém isso também não se concretizou. Enquanto isso, em vários grupos das redes surgiram vídeos fakes e apenas um exibindo a perseguição dos militares.