g1 -09/02/2021 18:57
O piloto de helicóptero do acidente
que matou Kobe Bryant estava "legalmente proibido" de voar
em nuvens, mas ele fez isso naquela ocasião, afirmou, nesta terça-feira (9), o
presidente da Comissão Nacional de Segurança em Transportes (NTSB, na sigla em
inglês), dos Estados
Unidos.
No acidente, em janeiro de 2020, morreram Bryant, sua filha
de 13 anos e mais sete pessoas que também estavam no helicóptero.
Bryant, que foi eleito um dos melhores jogadores de basquete
da NBA 18 vezes, viajava com sua filha e amigos para um torneio de basquete de
estudantes.
Ara Zobayan, o piloto, que também morreu no acidente, disse
aos controladores de tráfego aéreo que o helicóptero estava saindo de nuvens
pesadas quando, na verdade, estava em descida — até que bateu em uma montanha
perto da cidade de Calabasas, na Califórnia. As ações do piloto são o foco das
investigação do acidente.
O presidente da NTSB, Robert Sumwalt, afirmou que o piloto
deveria obedecer ordens que o proibiam legalmente de entrar nas nuvens, mas que
ele seguiu em frente.
O conselho vai discutir se o piloto sofria pressão para completar o voo, quais eram as expectativas sobre ele por parte da empresa de frete aéreo, se ele que decidiu fazer a manobra e quais ações ele poderia ter tomado para evitar entrar na nuvem.
Piloto do helicóptero
que levava Kobe Bryant, Ara Zobayan, que também morreu no acidente — Foto:
Group 3 Aviation via AP
O conselho afirmou que os pilotos podem ficar confusos sobre
a reação de uma nave e acelerar quando não conseguem enxergar o céu ou o
panorama ao redor deles.
Por isso, vai ser discutido o fenômeno da desorientação
espacial, a sensação que faz com que pilotos percam a referência visual, e
quais as formas de treinar para evitar isso.
Não foi encontrada evidência de um problema mecânico
catastrófico no helicóptero.