A Polícia Civil realizou nesta quinta-feira 25, a reconstituição do assassinato do secretário de Obras e Serviços Públicos da Prefeitura de Itapura, Velcírio Adalberto Noveli Fabrão, 58 anos, morto com dois tiros no dia 9 de janeiro deste ano, na praia municipal. Na foto de capa, o sargento simula os tiros que mataram a vítima.

Acusado do crime, o sargento aposentado José Carlos Lima, que fugiu após o homicídio, mas se entregou após ter a prisão temporária decretada, participou da ação, liderada por um delegado que atua em Castilho. O ato teve a participação de vários policiais militares.

Instante em que o assessor - representado pelo policial Marcos - teria ameaçado o policial com uma faca

Com cerca de meia hora de atraso, a reconstituição ocorreu a partir das 9h30, reuniu um promotor, advogados das partes, algumas testemunhas, entre elas o vereador João Santana, duas mulheres e um motociclista, que no dia do crime estava ao lado do sargento e até se escondeu debaixo de um veículo ao presenciar os tiros.

A reconstituição também atraiu muitos munícipes, curiosos para ver o trabalho policial. Servidores municipais e até o presidente da Câmara, Irmão Gody, acompanharam o trabalho que levou mais de duas horas.

Esse ato é fundamental para esclarecimentos do homicídio, motivado por uma discussão entre o secretário e o sargento, aparentemente por motivos fúteis.

Lima, com camisa azul, ao lado de um advogado, delegado à direita e um promotor atrás

Segundo consta, Lima alega que o assessor estaria armado com uma faca e se defendeu usando o revólver para não ser agredido durante o entrevero entre os dois. Algumas pessoas desmentem essa versão.

A outra é que Fabrão acompanhava uma maquina promovendo obras na praia e não gostou de ver o policial tirando fotos. De um lado um secretário esforçado e temperamental; de outro um sargento crítico – avaliou um munícipe. Lima está preso em São Paulo.

Reconstituição ocorreu nesta quinta-feira e durou mais de duas horas

O homicídio abalou a população da pacata cidade, especialmente pelo envolvimento de duas pessoas bem conhecidas, ambos servidores públicos, um pelo Estado e outro pelo Município.

VEREADORES SOCORRERAM A VÍTIMA

Simulação do socorro feito pelos vereadores ao secretário feriado com dois tiros

Os vereadores reeleitos, Dica Marimbondo e João Santana, passavam pelo local no instante da fatalidade. O segundo até tentou evitar o pior, pedindo ao sargento para guardar a arma. Essa cena pôde ser vista na reconstituição. Com covid-19, Dica foi substituído pelo investigador Marcos.

Já ferido, o secretário foi socorrido pelos vereadores à Unidade Básica de Saúde, de onde foi encaminhado numa ambulância para o Hospital em Ilha Solteira, mas acabou morrendo.

Polícia Militar auxiliou no isolamento da área onde ocorreu o crime